(artigo do Luiz Alberto Marinho que foi publicado no Blue Bus; como sempre, vale a pena)
Estudos recentes sugerem que as velhas táticas utilizadas pelas marcas para falar com os consumidores da ‘Nova Classe Média Brasileira’ podem nao estar mais surtindo os efeitos desejados. Na maioria das vezes, os argumentos usados na comunicaçao com essa gente têm sido os aspiracionais. Funciona assim – você mostra um cenário bacana, pessoas bonitas, artistas conhecidos e dá a entender que se o sujeito usar aquele produto vai se sentir parte daquele mundo e usufruir daquele status. Em síntese, a marca funcionaria como um aditivo que, incorporado a personalidade do consumidor, faria com que ele se sentisse uma pessoa diferente.
Entretanto, alguns pesquisadores tem chamado a atençao do mercado para uma importante mudança no comportamento de compra dos brasileiros de baixa renda. Um desses estudiosos do consumo é Haroldo da Gama Torres, do DataPopular, com quem conversei longamente algumas semanas atrás. Todos sabemos que por meio das nossas escolhas nós expressamos nosso estilo de vida, uma atitude e a imagem do que somos ou de como queremos ser percebidos. Porém, segundo Torres, o consumidor de Classe C parece mais preocupado em oferecer conforto e prazer para si mesmo e para os seus do que em ostentar prestígio para os outros. Prova disso seriam as próprias residências dessas pessoas – mal acabadas por fora e cada vez mais bem equipadas por dentro, com televisores, computadores, aparelhos de som e outros apetrechos modernos. Pesquisas recentes confirmam que mesmo que os brasileiros de classe C ganhassem um dinheirao, continuariam a morar no mesmo bairro e manteriam o mesmo senso estético. Apenas fariam um upgrade nas marcas, contudo sem deixar de ser quem eles sao.
Essas constataçoes sinalizam que a nova classe media brasileira nao está tao interessada assim em viver naqueles cenários chiques mostrados pelas novelas da TV. Eles também nao acreditam nos testemunhos de artistas que sabem que dificilmente frequentariam lojas populares ou usariam produtos mais baratos. Este é um desafio e tanto para as marcas que tem na classe C o seu foco – se identificar com essa gente, valorizar as coisas das quais eles se orgulham e falar a mesma linguagem.
Entretanto, alguns pesquisadores tem chamado a atençao do mercado para uma importante mudança no comportamento de compra dos brasileiros de baixa renda. Um desses estudiosos do consumo é Haroldo da Gama Torres, do DataPopular, com quem conversei longamente algumas semanas atrás. Todos sabemos que por meio das nossas escolhas nós expressamos nosso estilo de vida, uma atitude e a imagem do que somos ou de como queremos ser percebidos. Porém, segundo Torres, o consumidor de Classe C parece mais preocupado em oferecer conforto e prazer para si mesmo e para os seus do que em ostentar prestígio para os outros. Prova disso seriam as próprias residências dessas pessoas – mal acabadas por fora e cada vez mais bem equipadas por dentro, com televisores, computadores, aparelhos de som e outros apetrechos modernos. Pesquisas recentes confirmam que mesmo que os brasileiros de classe C ganhassem um dinheirao, continuariam a morar no mesmo bairro e manteriam o mesmo senso estético. Apenas fariam um upgrade nas marcas, contudo sem deixar de ser quem eles sao.
Essas constataçoes sinalizam que a nova classe media brasileira nao está tao interessada assim em viver naqueles cenários chiques mostrados pelas novelas da TV. Eles também nao acreditam nos testemunhos de artistas que sabem que dificilmente frequentariam lojas populares ou usariam produtos mais baratos. Este é um desafio e tanto para as marcas que tem na classe C o seu foco – se identificar com essa gente, valorizar as coisas das quais eles se orgulham e falar a mesma linguagem.