Executivo é crítico em relação ao país, que vê como distante dos líderes em ciência de dados
O I-Com Global é entidade internacional que estimula o desenvolvimento da tecnologia de dados e discute suas aplicações no mercado de comunicação. Seu congresso está sendo realizado nesta semana, na cidade do Porto, em Portugal, e as discussões giram principalmente em torno de dois eixos, importantes e até certo ponto antagônicos: a necessidade de maior verificação de tecnologias programáticas, em decorrência da associação de publicidade digital com conteúdo polêmico, e a maior demanda de empresas por resultados e métricas confiáveis, o que faz crescer a verba de marketing destinada a análise e tecnologia, ameaçando sua tradicional relação com investimento em criatividade. Andreas Cohen, fundador e presidente da instituição, ofereceu uma visão abrangente das perspectivas atuais: “2017 deverá ficar conhecido como o ano do data science. Se você olhar para assuntos como viewability e fraude, é a ciência de dados que estava prevendo isso. Em 2018, quando se olhar para atrás, iremos lembrar de que foi agora que AI se tornou mainstream, construída sobre canais de comunicação, plataformas de tecnologia, com capacidade de oferecer um targeting mais preciso, com melhores processos, que podem ser guiados automaticamente. Também há a questão dos Mad Men se tornando Math Men. Se sua agência não tem uma oferta sólida relacionada a dados, sem a habilidade de interpretar isso para as marcas, de forma que lhe dê vantagem competitiva em marketing, você está morto. É um sinal de alerta para qualquer agência que queira negociar com mercados desenvolvidos, pois, o que o ocorre nos Estados Unidos ou na Inglaterra se repete, eventualmente, em qualquer outro lugar.” Em relação ao mercado brasileiro, porém, ele foi menos entusiástico. “Eu adoraria dizer que desde 2015 houve alguma mudança”, comentou ele. “Só tivemos, até hoje, uma empresa, da WPP, chamada Marketdata, que foi finalista (e conquistou os prêmios de mercado emergente e o de categoria geral) há dois anos. Mas, fora isso, não percebo nenhuma mudança. Do que eu vi de latino-americanos que sabem fazer isso, estão deixando seus mercados, indo para outros países. Exemplo: um de nossos painelistas é um sujeito do Brasil que trabalha para a Dell Technologies em Miami. Para isso funcionar, você precisa, do lado do cliente, de demanda, e não vejo isso na América Latina, infelizmente. É uma questão de cultura. Como construir uma relação? Querem seguir uma estrada tradicional ou se guiar por dados? E hoje vejo mais atividade envolvendo o tema na África subsaariana do que na América Latina.” Fonte: Meio&Mensagem
Exame comemora 50 anos com série de eventos e conteúdos especiais
Criada em 1967, a revista Exame se tornou uma das marcas editoriais mais conceituadas do Brasil. De lá para cá, incluindo o seu natural desdobramento para o meio digital, foram 50 anos acompanhando a economia e contando a história do mundo dos negócios para leitores que buscam profundidade no tema. Para celebrar a data, o veículo preparou uma série de eventos comemorativos colocando em pauta discussões sobre o futuro deste mundo em transformação. Serão fóruns, cursos e exposições, além de conteúdos editoriais especiais, sempre mantendo os assuntos que interessam ao público de empreendedores e executivos no centro dos debates. Entre elas, vale destacar a exposição interativa Examinando o Brasil, a edição especial Melhores e Maiores, que este ano homenageará os líderes que contribuíram para a construção de um país mais moderno, a edição de 2017 do Curso PME, com dois dias de aulas, palestras e networking com empreendedores de sucesso e gurus da gestão, além de conteúdos especiais em suas plataformas editoriais, com destaque para os vídeos, que serão usados numa série de 50 entrevistas com personalidades, pensadores, empresários e executivos que vão falar sobre o cenário político e econômico dos últimos e dos próximos 50 anos. Fonte: Adnews