Que a era digital mudou a forma das pessoas se relacionarem e domina a comunicação já é senso comum. A questão que permanece em pauta é como precificar os negócios que circulam na internet. Apesar da relevância, o meio digital continua respondendo por apenas 4% do bolo dos investimentos publicitários no Brasil. Na semana passada, o assunto voltou à pauta de discussões com a divulgação dos primeiros resultados da iniciativa do megaempresário de mídia Rupert Murdoch, que no começo do mês resolveu cobrar pelo acesso do jornal britânico The Times.
O início da cobrança refletiu na queda de 66% dos acessos, segundo pesquisa divulgada pelo também inglês Financial Times. Embora negativo, é bem inferior aos 90% de queda estimado. A experiência é acompanhada com atenção pelo setor, porque pode indicar um caminho para melhorar as receitas das publicações em geral.
Ao mesmo tempo, ganhou força no meio publicitário a discussão sobre a adoção pela internet do padrão de mensuração de resultados usado pela TV. O chamado GRPs (Gross Rating Points) tem a pretensão de projetar alcance e frequência da audiência. Ocorre que esse modelo não contempla a interação permitida pela web, dado tido por muitos como essencial.