Plataforma digital propõe discussão para que mulheres tenham mais representatividade nas homenagens dos espaços urbanos de São Paulo
84% das ruas que homenageiam pessoas ilustres em São Paulo nomeiam homens, segundo a pesquisa realizada pela ProScore. Antenado e vendo a profundidade da discussão ao redor do levantamento destes dados, O Estado de S. Paulo resolveu começar um debate sobre a representatividade da mulher nos tributos da cidade. Para incitar o diálogo, em parceria com a FCB Brasil – que encabeça a criação do projeto -, o jornal lança: #somosmaisque16porcento. A ação pretende montar o primeiro banco de dados com nomes de mulheres que fizeram história no País a serem indicadas às homenagens dos espaços urbanos de São Paulo. Ao final da campanha, o Estadão irá entregar um documento oficial à Câmara dos Vereadores com o intuito de incentivar a mudança destes 16%. “Essa é mais uma ação do Estadão, que trata de forma inovadora e transformadora um dos temas abordados com frequência em nossa cobertura editorial, o preconceito com as mulheres”, explica Marcelo Moraes, Diretor de Marketing Publicitário do jornal. No site (estadao.com.br/16porcento), será possível votar em nomes de mulheres pré-selecionadas por seu histórico e/ou indicar o nome de outras. Para cada nova indicação, será necessário fazer uma justificativa sobre a escolha dessa mulher e o upload de uma foto dela. “Com esta ação não haverá mais desculpas para essa estatística continuar assim. Novamente, o Estadão quer levantar questões importantes sobre a forma como as mulheres são retratadas na sociedade”, comenta Joanna Monteiro, Chief Creative Officer da FCB.
A plataforma ainda conta com uma sessão de curiosidades sobre a discrepância entre os tributos feitos aos homens e às mulheres em São Paulo, como por exemplo, o fato de a cidade ter 1.170 ruas homenageando doutores e apenas 11 à doutoras. O mesmo se aplica a professores, com 637 nomes de ruas e apenas 79 de professoras. De acordo com a Lei n° 6.454 de 1977 é proibido atribuir nome de pessoas vivas a logradouros, obras, serviços e monumentos públicos, portanto, só serão válidas indicações de mulheres póstumas. “Os nomes das ruas das cidades brasileiras contam a história do País, porém com estes números que histórias estamos contando?”, completa Joanna Monteiro.
A campanha também será anunciada no jornal Estadão e em posts nas redes sociais proprietárias, incentivando a participação dos leitores.
Levantamento da Proteste, realizado a pedido de EXAME.com, mostrou quais são os melhores e piores cartões de crédito para acumular pontos. A pesquisa se baseia em dados reunidos pela calculadora de milhas disponível no site da associação de consumidores, que usa informações públicas sobre cada cartão e incluiu 198 plásticos oferecidos pelo Bradesco, HSBC, Itaú, Banco do Brasil, Caixa, Santander, Votorantim e Banrisul. Confira as tabelas produzidas pelo estudo. Fonte: Exame