Nos últimos meses, vimos a aceleração de uma tendência de
queda da audiência da TV Globo. É claro que a “Vênus platinada” não ia ficar
parada. E a direção mais óbvia seria atender o que se está chamando de “nova
classe média”, a grande parcela da população brasileira que migrou da pobreza,
classes D e E, para um patamar de consumo maior, situando-se na classe C, da
classificação ABA-Abipeme. O Uol entrevistou Octavio Florisbal, diretor geral
da Rede Globo, para entender melhor esse movimento.
Segundo a matéria, o que ocorreu foi um aprofundamento do
processo de modificações na programação da emissora. Essas modificações vêm no
embalo do crescimento econômico recente do País e das projeções otimistas para
os próximos anos e afetam as áreas de novelas, os programas de humor e o
jornalismo. A programação será mais popular, porque a nova classe C, na visão
da emissora, quer se ver retratada nas telas.
Houve uma mudança de comportamento e de valores, que afeta
inclusive os hábitos de consumo de mídia. Segundo Florisbal, as novas novelas
já refletem essas modificações e o jornalismo da Globo começa a se tornar mais
popular. Há preocupações específicas, como a queda da audiência nos sábados, e
com a Internet.