Juntei essas seis idéias, porque elas têm em comum o conceito de “crowd clout”, isto é, o uso do senso comunitário para viabilizar negócios.
Começando com um novo site de San Francisco, chamado Carrotmob (www.carrotmob.org), que organiza consumidores para oferecer incentivos a empresas que produzam mudanças ambientais positivas. O grupo espera começar a criar uma grande rede de consumidores e formar parcerias com outros grandes grupos que advogam causas politicamente corretas e criar campanhas com foco
A inglesa BeerBankroll (www.beerbankroll.com) está criando uma cervejaria e um pub gerenciados pela comunidade. A idéia é que a maior parte das decisões chave seja tomada pelos membros. O site está recrutando um mínimo de 50 mil membros, cada um deles contribuindo com 50 dólares, que lhes darão direito a votar em idéias como o nome da empresa, o logo, o design dos produtos, o mix de produtos, o plano de marketing, etc. Os lucros, caso hajam, serão divididos em três partes: uma irá para os membros, na forma de pontos resgatáveis por produtos, outra irá para a empresa, e a terceira parte irá para caridade. Uma idéia semelhante é a OurBrew (www.ourbrew.co.nz), da Nova Zelândia, com a diferença que trabalhará com cervejarias já existentes.
O portal de moda irlandês Catwalk Genius (www.catwalkgenius.com) vai numa direção levemente diferente, com seu programa Adopt a Designer. Os fãs de designers que se inscreverem poderão comprar cotas (ou “elements”, como denominam) do trabalho deles por 14 Euros – mais 1 Euro de fee de processamento – com o objetivo de compartilhar lucros no futuro. Uma vez que 5 mil “elements” tenham sido vendidos, o designer ganha os 70 mil Euros para criar uma nova coleção em 6 meses. Enquanto isso, os fãs ganham uma peça de edição exclusiva para eles.
A escocesa Tennent´s Lager lançou a Tennent’s Mutual (www.tennentsmutual.com), um novo empreendimento musical que deverá desaguar em um festival de musical no qual os fãs selecionarão artistas e terão vantagens nos preços dos ingressos. Como ponto de partida, a Tennent´s criou um “start-up fund” de 150 mil libras esterlinas. Os fãs ganharão status de membros fundadores e o direito de votar em quem-o que-porque-onde de todas as decisões feitas e como o dinheiro do start-up será investido. A receita dos ingressos voltará para o fundo central, e será usado para bancar outros eventos.
The Point (www.thepoint.com) usa o conceito de ponto de inflexão – aquele ponto no qual a ação de um grupo produz um resultado claro e uma mudança inevitável – e o aplica na organização de esforços grupais. Quem se juntar a uma campanha para uma ação específica – boicotar uma empresa, por exemplo, ou doar fundos para uma causa – mas não se age até que a campanha atinja o ponto de inflexão, ou seja, o número correto de participantes. Quando isso acontece, a ação é disparada e os participantes fazem as doações, participam do evento ou do boicote, como planejado.
A bem da verdade, a iniciativa do Dutch ING Bank, chamada WoonWaarUWilt (www.woonwaaruwilt.nl), não é exatamente da mesma “família” das outras idéias listadas aqui neste post, mas é interessante demais para não ser incluída: o serviço permite que os clientes façam uma oferta por casas que não estão no mercado, mas que eles adorariam adquirir. Depois que compradores em potencial preenchem um formulário no site, incluindo o endereço da casa de seus sonhos e a oferta inicial que desejam fazer, o banco entra em contato com eles para discutir se a oferta é razoável e fazer os necessários ajustes. Também se verifica se o comprador estaria apto a financiar a compra. Aí, o banco envia uma oferta preliminar aos atuais proprietários, explicando a situação e conferindo se considerariam a hipótese da venda.