Reportagem publicada na edição online do Financial Times nesta quarta-feira, 22, afirmava que a brasileira Natura estava em fase final das negociações para aquisição da Avon e essa transação seria feita por troca de ações. O veículo especializado em economia já cravava que a Natura seria detentora de 76% da companhia combinada (a operação americana estava até então separada do restante do mundo, cuja sede é Londres) e que o valor estimado da Avon na transação é de US$ 2 bilhões (o valor de mercado da empresa, listada na bolsa de Nova York, é de US$ 1,42 bilhão).Com a repercussão da notícia, a Natura primeiro divulgou Fato Relevante ao mercado e seus acionistas confirmando as negociações com a Avon – coisa que já havia feito em março – e, dando um passo adiante, ratificou que essa operação envolve troca de ações (all-share merger) que resultaria na combinação dos negócios, operações e bases acionárias da Natura e da Avon. O comunicado ainda dizia que as empresas estavam negociando os termos e condições contratuais finais da transação (sujeita às aprovações regulatórias e por órgãos de administração e bases acionárias das duas partes).
Em setembro de 2017, a Natura já havia concluído a aquisição da The Body Shop, rede de origem inglesa que saiu das mãos da L’Oréal numa negociação estimada em um bilhão de euros. Antes disso, em 2013, a multinacional brasileira também havia se tornado majoritária nos negócios da australiana Aesop. Naquele ano, as três marcas juntas representavam operações em 69 países, 3.200 lojas, 18 mil colaboradores e 1,8 milhão de consultoras. Agora, a combinação que inclui a Avon mantém o número de lojas, mas eleva para 6,3 milhões o de representantes e consultoras e para 40 mil, o de colaboradores distribuídos por cem países. Além disso, a Natura & Co passa a ter um faturamento bruto anual superior a US$ 10 bilhões, tendo como público mais de 200 milhões de consumidoras em todo o mundo. A Natura & Co também estima que a combinação dos negócios gere sinergias avaliadas em algo entre US$ 150 milhões e US$ 250 milhões anuais que serão parcialmente reinvestidos para aumentar a presença das marcas em canais digitais e mídias sociais, pesquisa & desenvolvimento, iniciativas de marca e expansão da presença geográfica do grupo. Fonte: Meio&Mensagem
O velho ditado “o dinheiro não pode comprar felicidade” ganhou vida recentemente para os compradores de umalojas Ikea na Bélgica, onde uma linha exclusiva de tapetes exigia mais do que apenas dinheiro vivo para comprar. Os interessados na coleção limitada — que consistia em tapetes desenhados por oito artistas contemporâneos, incluindo Virgil Abloh, diretor artístico de moda masculina da Louis Vuitton — tiveram que colocar um fone de ouvido e provar que estavam tendo uma reação visceral a um (ou mais) ) dos desenhos. Caso contrário, eles não poderiam colocar as mãos em nenhum dos 109 tapetes disponíveis. Denominado “(He) art Scanner”, o fone de ouvido mediu aspectos como ondas cerebrais, expressões faciais e batimentos cardíacos em tempo real, enquanto os consumidores observavam cada tapete, de acordo com a Ikea. Um algoritmo então usava essa informação para atribuir a cada indivíduo uma pontuação, que determinou se eles poderiam ou não comprar o tapete em questão. Criado pela Ogilvy Social Lab em Bruxelas, a experiência foi criada para garantir que apenas os verdadeiros amantes da arte pudessem levar para casa um pedaço da cobiçada linha, que faz parte da Coleção Anual de Eventos Artísticos do varejista. No passado, a Ikea descobriu que as pessoas acabam vendendo esses itens online por um preço muito mais alto. Com seu último truque, a empresa está tentando contornar esse problema vendendo apenas para pessoas que (esperançosamente) pretendem manter o que compraram. De acordo com a Ikea, nenhum dos tapetes comprados naquela loja em particular na Bélgica foi vendido no eBay, embora algo assim seja obviamente difícil de rastrear. De qualquer forma, o sentimento por trás da campanha é um bom lembrete do que é arte – prazer, não símbolos de status. Fonte: Adweek