Peru pode ser alternativa para TI, principalmente contact centers

A indústria de software é a próxima nova onda de exportações do Peru para o Brasil. Essa é a avaliação do governo e de empresários peruanos do setor que vão se reunir, de 17 a 21 de junho, no Peru Service Summit, feira internacional de exportação que ocorre em Lima. O setor de software peruano conta com mais de 300 empresas e faturou em 2009 cerca de US$ 167 milhões, sendo 10% deste valor exportado a outros países inclusive o Brasil. Segundo o conselheiro econômico comercial do Consulado Peruano em São Paulo, Antonio Castillo, as empresas peruanas de software buscam parceiros brasileiros e clientes diretos.

Não é apenas outsourcing de TI que o Peru está oferecendo às empresas brasileiras, mas também  terceirização de serviços (BPO ou Business Professional Outsourcing) para diversas áreas como, por exemplo, contact centers. 

“A indústria peruana de software se desenvolveu muito nos últimos anos. Temos capacidade e mão de obra para prestar serviços a empresas brasileiras de TI com qualidade e custos competitivos”, afirma Castillo. O Peru possui mais de 3 mil programadores e empresas de software especializadas em áreas como meio ambiente, mineração, suply chain, biometria e certificação digital. Esse potencial vem chamando a atenção do setor produtivo brasileiro tanto que 21 empresas já confirmaram presença do Peru Service Summit 2013, dentre elas a Totvs, Capgemini, empresas de telecomunicações, bancos médios e cooperativas de crédito.

De acordo com Antonio Castillo, as relações comerciais entre Peru e Brasil vem crescendo 8% anualmente. Mesmo com um cenário internacional incerto, as exportações do Peru cresceram 58% no primeiro trimestre, sendo que, se considerarmos as exportações industriais não tradicionais (que abrangem principalmente serviços) a expansão foi de 15%, aproximadamente. “As relações comerciais entre os dois países caminham bem e a área de TI é o passo seguinte”, disse.

O conselheiro informou ainda que o Peru deve abrir um órgão no Brasil para dar suporte as empresas peruanas interessadas em vender produtos diretamente no mercado brasileiro. “Em meados de 2014, esse órgão deve estar operando e vai oferecer não apenas informações mais serviços ás empresas peruanas no Brasil”, ressaltou. Atualmente, o governo peruano já desenvolve diversas ações de incentivo como rodadas de negócios, missões empresariais e planos estratégicos para setores específicos como TI, franquias, engenharia e logística. “Já temos programados missões para o Amazonas, Acre, Rondônia e Santa Catarina, de forma a não apenas cobrir o eixo Rio-São Paulo”.  

Fonte: Fundamento Comunicação Corporativa

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