Programas de fidelidade para produtos de consumo. Pode isso, Arnaldo?

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Pode, deve, e o estranho é só estar acontecendo agora com a parceria entre a Ambev e a Dotz. Afinal a importância de mapear os hábitos de consumidores para influenciar seu comportamento de compra é algo que até o Arnaldo, não exatamente um gênio, consegue entender. 

Bem, estranho médio. Acho que foi Durkheim, ou Weber, ou algum outro pioneiro da sociologia, que disse é a resistência à mudança é a maior força em atuação no universo. Compreensível, portanto, que um movimento como da Ambev/Dotz ocorra pelo menos quinze anos depois que Amauri Cabral e eu dávamos murros em ponta de faca, na M4R, tentando demonstrar a efetividade de uma estratégia de fidelização também para produtos de consumo em massa.

É claro que havia problemas operacionais envolvidos. Uma moeda de uma Ambev isoladamente carece de sentido. Mas moedas de multifidelidade, como as da própria Dotz, surgiram naquela época e tiveram que trilhar o caminho difícil de convencer varejista por  varejista. A questão, portanto, sempre foi sociológica — a tal da resistência à mudança!

Mas o fato é que, finalmente, chegou — e espero que seja a primeira de muitas parcerias. E coloco-me à disposição (Amauri e eu voltamos a trabalhar nessa direção, dando consultoria a alguns novos programas).

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