Que tipo de comportamento ético você esperaria de um automóvel?

Algum tempo atrás, eu atravessava uma rua perto de casa – usando a faixa de pedestres, fique claro – quando um motorista simplesmente acelerou e quase me atingiu. Faltou pouco para o celerado fazer mais uma marquinha em seu parachoques.

Lembrei disso esta semana ao deparar com um artigo no site Rawstory.com (na verdade, a republicação de um artigo publicado originalmente no site Popular Science) que discutia o fato de estarmos na iminência de ver as ruas das cidades do mundo ocupadas por carros “driverless”, autônomos, sem motoristas.

O ponto de partida concreto do artigo foi a publicação de um estudo por cientistas alemães que acreditam ser possível introduzir elementos de moralidade e ética nesses carros que não terão motorista e que, portanto, se depararão com situações em que se verão face a dilemas éticos.

Imagine – o artigo inicia exatamente assim – que você está dirigindo em uma rua quando duas pessoas – uma criança e um adulto – resolvem atravessá-la. Devido à velocidade do seu carro e outras condições específicas, um deles será inevitavelmente atingido. Naqueles segundos que separam o momento em que você percebe os dois e o choque com um deles, você precisou fazer uma escolha terrível. Qual teria sido?

No caso do motorista da situação real que contei acima, imagino que ele simplesmente buscaria um ângulo que garantisse atropelar os dois. Mas a maioria das pessoas se veria frente a um dilema ético. Com maior ou menor ênfase, somos seres éticos, ou seja, nosso comportamento em sociedade é orientado por valores morais.

E quanto aos carros autônomos? O que ele decidiria, por exemplo, naquela situação do adulto e da criança atravessando a rua? E que valores morais determinariam sua decisão?

Continue lendo…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima