Quem constrói melhor a Opinião Pública, as mídias sociais ou as convencionais?

Por Bette Romero

As mídias sociais chegaram para ficar. Disso ninguém tem dúvida. Daí a preocupação das empresas em saber o que se  fala nas redes sociais, atentas sobre como está sua a imagem neste espaço. Afinal, em um mundo globalizado, onde as notícias são transmitidas em tempo real e onde as mídias sociais têm um grande poder de influência, a imagem é um dos ativos mais preciosos de uma empresa, pessoa ou produto.

Neste novo cenário de Web 2.0, ou seja, de interação, troca e divulgação exponencial, do boca a boca virtual capaz de gerar “buzz” (fenômeno de repercussão) como o da Luiza, que estava no Canadá e agora está em Londres, as empresas focam as mídias sociais e esquecem as mídias convencionais.

Porém, as mídias mais antigas como mídia impressa, TV e rádio, não perderam seu lugar. Da mesma forma que a mídia impressa não deixou de existir com o surgimento da Internet, nem foi decretada a morte do livro, com a criação do E-book, a partir das redes sociais as mídias convencionais se adaptaram aos novos tempos e consolidaram a sua posição. A prova disso é que todos estes veículos estão aí, com seu público cativo e alto faturamento publicitário.

Retroalimentação

As mídias sociais tornam-se fonte de notícias das mídias convencionais que as ratificam. Porém, quando uma pessoa  deseja se informar sobre um novo fato, como a morte do Chico Anysio, eleição ou inflação, não é nas mídias sociais que
vai buscar a informação e sim nas mídias convencionais. Como explica Silveira (1) “as mídias podem ser compreendidas como o novo campo de legitimidade, no qual os demais campos se refletem. As diversas áreas sociais lutam para tornar
públicos os acontecimentos considerados relevantes e buscam, através da exposição na mídia, a aprovação da sociedade e sua legitimidade”.

Neste contexto, as mídias sociais e as convencionais se tornaram irmãs muito próximas. Uma alimenta a outra, que se retroalimenta. Assim, não é possível esquecer as velhas mídias, para focar apenas as mídias sociais, principalmente
no que diz respeito ao diagnóstico da imagem pública das empresas e corporações.

O diagnóstico da imagem pública das empresas/pessoas públicas/produtos está disponível, diariamente, através das
noticias veiculadas nas mídias convencionais e, complementarmente, nas mídias sociais. Porém, se as informações
publicadas são percebidas apenas individualmente, serão como as peças de um quebra-cabeça que, se observadas em separado, não permitem a visão do quadro a ser formado quando reunidas em uma peça única.

Análise de Mídia

Aí é que entra a Análise de Mídia, ou seja, a análise deste material veiculado nas mídias. Através da coletânea de notícias publicadas sobre a empresa, a análise vai aferir o espaço ocupado por ela em cada mídia. Após, é feita a avaliação  qualitativa e as matérias são classificas pelo seu conteúdo, se positivo ou adverso, sob a ótica do público em geral, com relação a empresa em questão. A seleção de textos ainda é classificada pelos veículos de cada mídia.

A partir deste trabalho, pode-se visualizar qual a imagem da Empresa que está chegando à população e aos públicos alvo através dos veículos de comunicação. Este conjunto de informações, articuladas, vão compor um instrumento de
Marketing para a definição das estratégias de comunicação.

Ao mesmo tempo, a Análise de Mídia vai resolver uma das grandes dificuldades das assessorias de imprensa e dos profissionais de Comunicação e Marketing: quantificar e qualificar os resultados obtidos nas mídias.

Quer saber mais? Veja no Sistema de Análise de Mídia: http://www.background.com.br/analise_midia.php.

(1) SILVEIRA, A. C. M. Representações midiáticas e produção de sentido. A identidade gaúcha em questão

A autora é Diretora da Background Maxx Comunicação, agência
especializada no diagnóstico da imagem pública de empresas e na análise das
ações da concorrência. Também assina a coluna Calçadão, no portal PQN (www.pqn.com.br).

Fonte: BrandPress

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