Segundo o jornalista e professor Carlos Castilho, em artigo para o Observatório da Imprensa, uma pesquisa realizada pelos institutos Monitor e Pew Internet, e divulgada esta semana, descobriu que as redes sociais (no caso lá, principalmente o Facebook) são responsáveis por 32% da informação local consumida pelos norteamericanos. Blogs vieram em 2º lugar, com 19%, mensagens por celular responderam por 12% e o Twitter por 7%. Sobrou 30% para os veículos da mídia tradicional.
A conclusão parece óbvia: o público está substituindo um modelo informativo por outro. Ou, talvez, e aí é apenas uma opinião pessoal, o público está adotando um modelo que de fato informa e abandonando um que deixou de cumprir esse papel há tempos.
Basta ver os jornais de ontem, domingo de carnaval. Tem algo mais carente de informação real do que essas resmas de papel impresso e colorido que chega às nossas casas? Um amigo guarda há alguns anos um exemplar de “jornal de domingo de carnaval” e diverte-se agora com um joguinho: ele cobre a data dos exemplares e desafia quem é capaz de dizer qual o exemplar deste ano e qual os dos anos anteriores. Poucos conseguem (e, mesmo assim, pode ser pura sorte).
No noticiário local, essa imobilidade é dramática. Aqui, a mídia tradicional encontra-se em uma encruzilhada. Ela não consegue dar conta da demanda cada vez maior por uma informação próxima e quente. Precisa rever seus modelos, portanto.