Revistas no iPad. Garantir a atenção do leitor está mais difícil do que se pensava

O meio é a mensagem. A frase do McLuhan é repetida incessantemente, mas até onde ela é realmente entendida? Um dos seus desdobramentos, a meu ver, é que cada meio tem seu próprio modo de transportar as mensagens e que não se pode transplantar simplesmente modos de transporte de mensagens de lá para cá e de cá para lá. Um estudo recente feito pela editora Bonnier e pela agência Crispin, Porter & Bogusky mostra isso em relação às revistas feitas para iPads. Elas estão encontrando dificuldades para manter a atenção do leitor, porque concorrem diretamente com todas as outras atividades que o equipamento permite que sejam feitas concomitantemente: ler emails, jogar, visitar outros sites, etc. 

O estudo foi realizado com 15 grupos, em três cidades e incluiu leitores
assíduos de revistas, heavy users de iPad e grandes usuários de conteúdo
de revistas na internet. A Bonnier e a CP & B tentarão, posteriormente, aplicar os resultados
da pesquisa para o desenvolvimento de novos formatos de anúncios para
os tablets. Analisando os resultados, a diretora da Bonnier, Megan Miller, afirmou, candidamente, que “os leitores realmente estão dispostos a navegar muito mais do que pensávamos”.
As implicações são evidentes: revistas e anunciantes terão que investir mais no desenvolvimento de um modo próprio para essas revistas criadas para tablets. No mínimo, oferecendo mais interatividade em matérias e anúncios.
Mais sobre essa pesquisa, aqui.

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