Se a evolução seguiu esse roteiro, então estamos sozinhos no universo

93 bilhões de anos-luz! Esse é o tamanho do diâmetro do universo observável
(um conceito criado pelos cientistas para garantir que alguma
descoberta nova não estrague os conceitos vigentes na atualidade).

Tem mais: os mesmos cientistas que “mediram” o universo dizem que ele
é plano, infinito e sem fronteiras, ou seja, não está dentro de, ou
limitado de alguma forma por, outro universo. Outra forma de explicar
essa “ausência de fronteiras” é dizer que, se tivéssemos uma
super-hiper-nave, que pudesse ir até os confins do universo,
terminaríamos chegando no ponto de partida.

Frustrante? Sob hipótese alguma. Nessa nossa viagem, teríamos passado
por bilhões e bilhões e bilhões de estrelas. Concretamente,
pesquisadores da Universidade do Havaí fizeram cálculos e concluíram que
existem 70 septilhões de estrelas no universo,
ou seja, o número 70 seguido de 24 zeros. (À guisa de comparação, os
mesmos pesquisadores calcularam que há pouco mais de 7 septilhões de
grãos de areia na Terra.)

No entanto, caso uma teoria recente esteja certa, nessa nossa longa
viagem, não encontraremos nenhum exemplar de vida inteligente. ET,
definitivamente, não irá “phone home”.

Para falar dessa teoria, que aponta para a presença de um passo-chave na evolução, vamos pegar carona em um artigo escrito por Alexandra Ossola, jornalista especializada em ciência, e publicado no site Futurism.

Segundo ela, a vida apareceu pouco depois da formação da Terra (um
bilhão de anos depois, para ser preciso). Foi quando algumas proteínas
combinaram-se da maneira correta, e a vida apareceu. Mas demorou outros
bilhões de anos, para que os organismos se tornassem mais complexos, com
mais de uma célula. E também muito maiores – 10 mil vezes, escreveu Nick Lane (guarde esse nome!), professor de química evolutiva do University College London, em seu livro The Vital Question, de 2015.

Segundo Lane, a importância desse aumento súbito de tamanho e
complexidade não pode ser exagerada. Sem ele, simplesmente, a vida
complexa não existiria. E um dos exemplos de vida complexa é exatamente
os seres humanos

Como exatamente isso aconteceu, é uma das grandes questões da biologia evolutiva.
Há uma série de teorias a respeito de como, exatamente, a vida ficou
muito mais complicada. E uma das prevalecentes é do próprio Lane. Ela
concentra-se na energia e o raciocínio que a embasa parte o princípio de
que as células precisam de mais energia para construir estruturas mais
complexas. Para obter essa energia, os organismos unicelulares
fundiram-se com as bactérias que agora conhecemos como mitocôndrias, que
têm uma carga elétrica e podem levar energia para a célula. É possível,
embora improvável, que as duas bactérias se encaixem e, ainda menos,
que possam sobreviver e viver simbioticamente. Essa ocorrência que
tornou possível todas as outras formas de vida complexa é rara, na
verdade.

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