Varejo seguirá em alta em 2011

MM Online:

A julgar pela confiança e intenção de compra dos consumidores brasileiros, o varejo, segmento de maior destaque em 2010, continuará sendo o principal propulsor da economia do País em 2011.

Segundo estudo da consultoria GS&MD Gouvêa de Souza, apresentado nesta sexta-feira 3, em São Paulo, atualmente o brasileiro está mais otimista em relação ao Brasil, ao mundo e à sua própria família em comparação com os resultados obtidos por pesquisa similar realizada em 2008, sob o impacto dos primeiros desdobramentos da crise financeira eclodida em setembro daquele ano.

A consultoria calcula uma alta de 11,2% para o varejo brasileiro em 2010. Para 2011, a estimativa é de que o segmento cresça entre 6% e 7 e, apesar da desaceleração, mantenha seu ritmo recente de incremento – cerca de 50% acima do crescimento do PIB no ano.

“O consumidor está mais otimista e vai permanecer assim por um bom período – especialmente enquanto o seu microcosmo for beneficiado”, afirma Luiz Góes, sócio senior da GS&MD e um dos responsáveis pela pesquisa, denominada “As tendências do consumo na visão de quem compra”.

Realizado durante o mês de novembro, nas cidades de São Paulo, Porto Alegre e Recife, o estudo da GS&MD contempla as respostas de 726 entrevistados, entre homens e mulheres, das classes A,B,C e D. Os consumidores opinaram sobre diferentes temas e deram notas de 1 a 10 para algumas percepções e afirmações sugeridas. Os resultados de todos os campos foram positivos. Caiu, por exemplo, o índice de pessoas que acham que tanto o desemprego quanto a inflação aumentarão em 2011. Em contrapartida, aumentou a percepção de uma melhoria na qualidade de vida da família.

Os magazines (lojas com um mix variado de produtos de diversas categorias, como as Casas Bahia e o Magazine Luiza) foram o principal destaque dentre os pontos de venda varejistas, especialmente em eletroeletrônicos e linha branca. Segundo Góes, boa parte desse sucesso está calçada em um trabalho de comunicação muito bem realizado por esses players.

“Claro que a questão do preço, no varejo, sempre fala mais alto. Mas os magazines estão conseguindo se apresentar para os consumidores como o canal onde você encontra esses objetos de desejo e necessidade e bons negócios, com opções e crédito”, diz.

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