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Para 75% dos profissionais de imprensa, a internet diminuiu a credibilidade do noticiário, informa o estudo “Jornalistas Brasileiros no Século 21, visões sobre a profissão”, de autoria da jornalista Heloiza Golbspan Herscovitz – professora da California State University de Long Beach.
Em meados de 2009, 624 jornalistas participaram do levantamento realizado via e-mail. Os dados apontam que a internet não só afetou a credibilidade como também diminui a responsabilidade jornalística (74%); o jornalismo investigativo (71,5%); a qualidade da análise (62,8%); e a precisão do que é noticiado (76%).
Mesmo com a ressalva da qualidade do conteúdo publicado, 98,1% dos jornalistas entrevistados acreditam que a distribuição de informações ganhou mais agilidade e a participação do público, para (92,1%) dos entrevistados, foi melhorada.
A pesquisa revelou, ainda, que 86,9% dos jornalistas brasileiros utilizam principalmente a web para ler notícias; 65,1% possuem contas em redes sociais e 46,2% estão no Twitter.
Quando o assunto é a relação com as empresas jornalísticas, 89,5% admitem autocensura. E, para 73,6%, o jornalista brasileiro é sensacionalista, enquanto 46,9% concordam que as empresas de mídia são independentes.
O estudo fará parte do livro “The Global Journalist”, editado pelo pesquisador David Weaver, que será apresentado em Julho em um congresso de comunicação em Portugal.
Participaram da pesquisa profissionais de jornais, emissoras de rádio e TV, assessorias de imprensa, publicações online e impressas, empresas públicas e agências de notícias.
Com informações do Portal Imprensa.