Jennifer de Paula, especialista em marketing digital, comenta a nova função da plataforma que prevê ferramentas para criadores de conteúdo
Em mais uma atualização, o Instagram demonstra que está cada minuto mais interessado em investir nos criadores de conteúdo. A novidade da vez se refere ao recurso de ‘assinaturas’, no qual ferramentas exclusivas seriam fornecidas para aqueles que assinassem o serviço, em busca de diferenciar o seus perfis dos demais para obter lucro financeiro com a plataforma.
Entre as medidas anunciadas, o novo Instagram possibilitaria a criação de stories e lives exclusivos e também a obtenção do selo de verificação, que é desejado por criadores em todo o mundo. Para a BBA e especialista em marketing digital, Jennifer de Paula, esta é a prova de que o Instagram nunca vai parar de inovar. “Atualizações infinitas vão surgir para que ele concorra diretamente com outros aplicativos que estão em alta. É como a criação do reels, que concorre com o TikTok e agora podemos relacionar os conteúdos exclusivos monetizados com o sucesso do OnlyFans”, detalha.
É válido ressaltar que a opinião do público é levada em consideração para definir uma atualização, visto que, anteriormente, o Instagram propôs monetizar a aba de ‘melhores amigos’, mas não deu certo. “Podemos também pensar nisso como uma possibilidade de amenizar o selo de verificação convencional, já que essa atualização promete uma forma de diferenciar o perfil assinante. É uma forma de incluir influencers menores ou que ainda não tem o selo de verificação azul”, afirma.
De acordo com a especialista, em todos os aspectos, as atualizações do aplicativo acabam por tornar a rede social cada vez mais um mundo paralelo com linguagem, monetização e conteúdos próprios. “É um universo virtual que algumas pessoas ainda não conseguem fazer parte. Precisamos considerar que a rede social ainda é uma zona cheia de obstáculos para muitos profissionais não influentes. Logo, uma atualização como essa pode representar uma necessidade quase revolucionária de tornar o seu conteúdo algo rentável”, explica Jennifer de Paula. Para ela, os profissionais que ainda não ‘vendem’ seus serviços através das redes sociais, poderão fazer um bom uso do recurso, desde que analisem os seus respectivos posicionamentos digitais. “Precisamos nos perguntar ‘o conteúdo agrega valores, ensinamento ou bem estar para o público?’, ‘os seguidores pagariam por uma informação/conteúdo exclusivo?’, ‘o meu posicionamento atual é compatível com esse recurso?’ e caso as respostas sejam negativas, é necessário se enquadrar nesta nova era o mais rápido possível”, aconselha.