O Brasil terá internet popular ainda neste ano e, como aqui é o país
do futebol, as cidades-sede da Copa de 2014 não poderiam estar de fora.
Oito das 12 capitais que receberão jogos do próximo mundial serão
atendidas pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), com internet a R$
35.
As primeiras cidades-sede a serem atendidas pela internet rápida são
São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza,
Natal e Salvador. Mas outras oito capitais também receberão o benefício:
Palmas, Aracaju, Goiânia, Maceió, São Luís, Teresina, Vitória e João
Pessoa, além de mais 100 cidades do Nordeste e Sudeste do país.
“A meta para esse ano é implantar o núcleo principal da rede, chamado
de backbone, em 16 capitais e interligá-lo com mais 100 cidades, além
de ligar 96 pontos corporativos do Governo Federal nas capitais. Até
2014, chegaremos a 4.278 municípios”, disse o presidente da Telebrás,
Rogério Santanna, ao blog da 9ª Oficina para Inclusão Digital, evento
que será realizado entre 22 e 24 de junho, em Brasília.
“O governo vai vender banda larga no atacado para quem quiser
oferecer o serviço. Vamos fazer um contrato com fornecedores
interessados em disponibilizar o sinal de alta velocidade para o usuário
final ao preço de R$ 35. Nos locais onde não houver cobertura
suficiente, preço suficiente ou velocidade suficiente, o governo vai
fornecer diretamente”, explicou Santanna.
A 9ª Oficina para Inclusão Digital terá o PNBL como tema e será
transmitido ao vivo pela internet. Além do presidente da Telebrás, o
evento reunirá monitores de telecentros, representantes de instituições
de apoio à inclusão digital, gestores de projetos governamentais e
privados, membros de conselhos gestores, profissionais, estudantes e
pesquisadores da área. A participação é gratuita e pode ser feita
através do site
do evento.
O PNBL
O objetivo do Plano Nacional de Banda Larga é expandir de 11,9
milhões para cerca de 40 milhões de número de domicílios com banda larga
até 2014. O investimento total do plano é estimado em R$ 13,5 milhões e
a internet deve chegar ao consumidor final ao preço máximo de R$ 35.
Embora o Brasil hoje tenha o mercado dominado por três grandes
operadoras – Grupo Embratel Net, Telefônica e Oi – que detêm 86% da
conexão do país, espera-se que o PNBL possibilite a inclusão dos mais de
1,7 mil provedores do país na oferta de internet rápida.
“A banda larga é cara, só existe nos grandes centros, é mais barata
nos grandes centros e regiões mais ricas e, em geral, está em regiões
com concentração populacional. As pesquisas mostram que as regiões mais
pobres estão excluídas desse processo. Essa infra-estrutura tem de
baixar de preço para que o país possa multiplicar os acessos, expandir
as possibilidades de negócios e de projetos nas áreas de educação, saúde
e segurança”, afirmou Santanna.
As informações são do G1