A Vida de Padmasambhava – Venturas e Aventuras do Guru Rinpoche

Spoiler alert: esse post é off-topic. Se você não se liga em poesia e/ou budismo, nem precisa seguir em frente. Mas, caso contrário, vale a pena, acredite.
Não
sei se vocês conhecem minha “veia poética”, mas ela existe e pulsa
desde que muito antes de começar a escrever neste. Este ano, inclusive, pretendo publicar
vários livros, explorando essa veia, a começar deste que falo abaixo
(até o final do mês, sai no mesmo esquema uma coletânea que denominei “O
Avesso da Memória”).

Mas vamos lá:

No
ano passado, escrevi um longo poema, usando vários estilos de cordel,
como martelo agalopado, oito a quadrão, etc., sobre a vida de
Padmasambhava, o mestre iogue que levou o budismo para o Tibete. Ficou –
modéstia à parte – bem interessante, pois a história dele, como toda
saga espiritual, mistura-se a lendas e parábolas.

Transformei
o poema em um livro, chamado A Vida de Padmasambhava, Venturas e
Aventuras do Guru Rinpoche, cuja primeira leva retirei da gráfica na
sexta à noite.

O livro tem apresentação do João Vale,
que é uma pessoa muito respeitada na comunidade de budistas tibetanos
aqui no Brasil, e teve uma espécie de pré-lançamento neste final de
semana, durante um retiro que o Lama Padma Samten realizou aqui
em São Paulo.

Bem, vamos aos comerciais…

O livro já está à venda na livraria online da AgBook: https://www.agbook.com.br/book/281584–A_VIDA_DE_PADMASAMBHAVA

Mas,
claro, eu posso oferecer uma condição melhor para meus leitores, pois paguei um
preço menor pelo lote que retirei da gráfica. Assim, em vez dos R$
49,57 que é o preço proposto pela livraria, posso fazer por R$ 36,00 o
exemplar, dos quais R$ 5,00 serão doados para o CEBB e suas atividades
de ajuda às causas dos necessitados. Vocês podem transferir R$36 (por
exemplar, mas muita gente está aproveitando para dar de presente) para minha conta: Itaú, ag 6901, c/c
06794-9, CPF 077965104-97.

Para quem está em São Paulo, podemos acertar para eu entregar pessoalmente. Ou envio pelo correio. Seja como for, o frete é grátis.

E agora algumas pílulas…

A Introdução tem 8 estrofes de 8 versos de 8 sílabas. Nela, me explico e peço a bênção de todos (isso é bem tradicional na poesia popular):”Pra
começar peço licença/A todos os doutos da sanga/E ao Lama Padma
Samten/Dele em especial peço a bênça/Pra não ser causa de zanga/Isso que
fiz com empenho/Bem pouco de arte, engenho/E a pura intenção do bem”.

Em seguida, conto o nascimento do Guru Rinpoche, em quadras de versos alexandrinos: “Como
todos nós, Padmasambhava nasceu/Em bem preciso local de específica
região/O lago Danakosha, no noroeste de Oddyana/País do Himalaia, onde
hoje é o Afeganistão // Diferentemente do resto de nós/Ele não nasceu
de útero feminino/Mas no coração de pólen de flor de lótus/Parecia ter
oito anos o bebê-menino // O estranho lótus multicolorido trazia/A
sílaba-semente Hri em vajra tatuada/Que o garoto segurava em sua mão
pois/Era do coração de Amitabha emanada”.

Depois, busco explicar os significados sutil e secreto do “nascer no lótus”:”Trata-se,
segundo nos mostra o Lama Padma Samten/De levar benefícios àqueles
envolvidos na miragem/No Samsara pensam perceber tudo que existe/Mas o
reino onde estão providencia cruel filtragem”.

E
assim por diante, passando por uma rápida olhada no que significa o
aspecto Dorje Drolö, ou irado, escolhido por Padmasambhava para
enfrentar os desafios que encontrou no Tibete:”Aqui
cabe rapidamente/Olhar para o estilo/Escolhido por Padmasambhava/Para
transmitir/Aos tibetanos o que tivera/Cuidado de construir/Gyalwa
gong-gyüyi/Que cria atmosfera geral/A partir de uma compreensão/Mútua e
pessoal/Ou seja, irado não é/O contrário de tranquilo/Trata-se apenas de
aspecto/Onde não há acordo/Dorje Drolo não chama você/De magro se você é
gordo/Nem aceita vão convite/Para estar com ele unido/Quem não sai da
frente/Terminará sendo destruído”.

Até a Conclusão, onde volto ao estilo da Introdução para me explicar e pedir mais uma vez desculpas, como de praxe, pois todo poeta é um falso modesto: “Termina
assim minha lida/Desafio que eu fiz a mim/O de por inteira descrever/De
Padmasambhava a vida/Espero você não ache ruim/Um passo maior que as
pernas/Que a falar de coisas eternas/Eu não devia me atrever // Fico,
portanto, rezando/Pra não ouvir de você um “ôxe!”/Por conteúdo que
fiquei a dever/E for o que estiver julgando/Inclusive porque
Rinpoche/Nem rima com essa palavra/Ou outra da mesma lavra/Uma rima
próxima? Crescer”,

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