Eu sempre gosto de passar a definição dos termos, pois pode ser que alguns não conheçam o significado. A tradução de feedback é “resposta, retorno“. Na linguagem do senso comum, seria “não deixar algo vago” ao outro, por exemplo.
O feedback no trabalho
O feedback serve para nos nortear; para sabermos se estamos no caminho correto ou esperado pelas organizações. E é um instrumento indispensável para aprendermos a olhar para nós mesmos.
Este método é importante em todas as relações na empresa. Um exemplo simples: se um Executivo não disser à Copeira como gosta do café, se forte, fraco, doce, amargo, e ela também, não perguntar a ele, correrá o risco do café não vir a contento. A grosso modo, a ausência de feedback pode ser encarada como falta de comunicação. O que leva à bancarrota, muitos projetos interessantes.
No setor de Call Center, o feedback é muito utilizado. Os responsáveis pela Qualidade do atendimento e dos serviços, geralmente, escutam as ligações dos Operadores de Telemarketing e depois, passam os feedbacks, que podem ser relativos ao comportamento do Operador com o cliente, à entonação de voz, ou às etapas da venda (pode ter faltado a abordagem correta ou o fechamento, por exemplo) e sobre outros assuntos.
A Monitoria da Qualidade consiste em avaliar e corrigir vícios de linguagem, vocabulário, postura profissional, características do atendimento e principalmente, conhecimento do produto ou serviço.
Em minha vivência em Call Center, já vi muitos Operadores encararem esta prática, e também, aos Monitores da Qualidade, com raiva, receio, indiferença. Talvez, por ser desagradável sentir-se avaliado. Mas isso ocorre porque tende a haver uma distorção da imagem do Monitor da Qualidade. Infelizmente, por imaturidade, muitos transmitem arrogância ou agem de má fé ao lidar com o Operador. Mal sabem os Operadores, que o feedback é apenas um dos degraus da escada que os levarão ao amadurecimento e ao desenvolvimento profissional.
Para quebrar esta postura resistente, muitos feedbacks são passados aos Operadores, mostrando a eles, suas ligações gravadas. Por exemplo, o Operador escuta a si mesmo e lhe é pedido para que identifique como e onde sua atuação poderia ter sido melhor e mais produtiva com o cliente. Esta tática é muito eficaz, porque quando você se percebe fazendo ou falando algo, seu escudo de resistência cai. Quando o outro aponta sua falha, a primeira tendência é a de se defender, antes de refletir.
Por outro lado, é prudente que a pessoa encarregada de transmitir o feedback, tenha tato, seja humanista, madura, traquejada e neutra, para que não acabe de vez, com a motivação e auto-estima do Operador ou do avaliado.
Quem transmite feedback tem que ter consciência de exercer a função de Mentor e não, de crítico implacável. Pois, a intenção não é a de depreciar ou humilhar, mas sim, de fornecer condições de melhoria da atuação ou do trabalho em si. O objetivo é de orientar e agregar valor.
Geralmente, os que são interessados no próprio desenvolvimento pessoal e profissional, veem com bons olhos, o feedback.
Em outros setores do mercado de trabalho, a prática do feedback não é tão comum ainda. É horrível e pode até ser traumático, alguém ser demitido sem a consciência do (s) motivo (s) do desligamento, ou seja, sem ter tido chance (com antecedência) de melhorar ou corrigir seu desempenho, de acordo com as expectativas da companhia.
O feedback na vida pessoal
Infelizmente, muitos profissionais em cargos de liderança, não valorizam o feedback, talvez, por não fazerem isso na vida pessoal, também.
Sim, a prática de dar feedback tem início na infância! Os pais e a escola são os principais responsáveis por este processo, pois são eles que estimulam as crianças a se comunicarem desde o início.
Já repararam que algumas crianças falam mais abertamente e facilmente de seus sentimentos e outras, não? Quando você diz ao outro o que sente, o que te faz feliz, o que te incomoda, enfim, quando expressa-se sobre suas motivações internas, você tem mais probabilidade de ser compreendido pelo meio e de ter relacionamentos leais e saudáveis.
Nas relações pessoais em família e com amigos, muitos têm dificuldade em dizer “não”. E provavelmente, passam uma mensagem truncada aos que o cercam, pois fazem o que lhe pedem, mas no íntimo, estão descontentes ou em desaprovação com suas próprias atitudes. Essas pessoas correm o risco de sempre estarem confusas, insatisfeitas consigo mesmas e com a vida. Dizer “não” significa que você está delimitando seu espaço (de direito), seus limites. É como se você dissesse ao outro “não pode ultrapassar daí”. O “como” você diz o “não” é importante, porque você não precisa ser grosseiro ou agressivo.
Você sabe dar e receber feedback? Suas relações pessoais estão sendo proveitosas pela sua destreza ou prejudicadas por sua inabilidade?
Reflita sobre isso.
O feedback viabiliza confiança, respeito e principalmente, sinergia nas relações. Como se todos falassem a mesma língua. Seu uso correto proporciona mais qualidade nas relações interpessoais, desperta a motivação e estimula a proatividade, a lealdade e o comprometimento nas pessoas. Por isso, no próximo artigo, falarei dos tipos de Feedback, pois é importantíssimo, saber usar este recurso!
Abraços!
Parabéns pelo material, realmente encontramos muitos problemas de relacionamentos entre colaboradores de empresas motivados até mesmo por falta de conhecimento da importância de um retorno positivo por parte de lideres, superiores imediatos e presidentes de empresas.
Sucessos Fabiana
Obrigada pelo comentário, Edinólia.
Volte sempre!
Abraços
Fabiana
Obrigada pelos elogios Edinolia
Espero sempre vê-la por aqui!
Abraços
Fabiana
Olá
Fabiana
Fiquei feliz em encontrar um assunto assim.
Sou supervisora do departamento, na firma atual, e creio que precisava saber sobre feedback.
Obrigada.
Olá Claudia
Fico muito feliz em saber que estou ajudando as pessoas, pois essa é minha intenção mesmo.
Você já leu meu outro artigo sobre Feedback? (Os Tipos de Feedback).
Espero sempre vê-la por aqui.
Abraços e sucesso!
Fabiana
Oi Claudia
Que bom que o artigo foi útil. Essa é a intenção!
Volte sempre,
Abraços
Fabiana