Nestes tempos onde o fator digital domina praticamente todos os aspectos da nossa vida, é muito fácil cair na tentação mecanicista e olhar para as inovações tão somente como instrumentos. Essa é a parte visível do Iceberg: o dispositivo, o terminal, a ferramenta de acesso. Sim, cada um deles representa a modernidade. Mas essa é só a parte que vemos.
Por baixo do superficial está uma nova cultura a transformar os nossos hábitos e comportamentos. E alcança de maneira radical os jovens. Chamamos estes de Nativos Digitais.
É por essa razão que, para melhor ilustrar, devemos ir para o geral, para o sistêmico. O mundo digital deve ser encarado como verbo e não como substantivo. Aprendi isso com Mark Prenski, criador de games e estudioso do meio digital. As crianças absorvem tudo que lhes cerca com total naturalidade. O fator digital é default! Ou seja como a água é para o peixe, tudo o que consideramos como modernidade é transparente para os mais jovens.
Para ilustrar o nosso ponto, vejamos como o nativo incorpora no seu dia a dia novos verbos, como: twittar, downloadear, blogar, postar …
Há toda uma cultura de participação debaixo de inúmeras formas de expressão conjugada com múltiplas conexões – em tempo real ou não. E como resultado, as pessoas estão mudando seu jeito de ser.
É exatamente por essa razão que trazemos cada vez mais para perto do mundo corporativo os sociólogos, antropólogos e filósofos. Entender o nosso tempo e como a cultura vai nos moldar está cada vez mais complexo. Necessitamos de mais olhos e novos cérebros.
Bem vindos à Cultura Digital!