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ARTIGO: Mothern – Algumas Instruções a Respeito Delas!



Homenagear as mulheres já foi um ótimo motivo para escrever este artigo. A minha então, nem se fala.

 

Pois bem, aproveito o dia de hoje para reeditar o artigo publicado na Edição 61 da Revista CLIENTE S/A (Junho/2007). Tudo para homenagear a maior “Mothern” que existe: a mãe da Clara e da Catarina.

Feliz Aniversário, Ana Carolina!

 

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MOTHERN (Juliana Sampaio & Laura Guimarães)


 


Homenagear as mulheres já seria um ótimo motivo para este artigo. As mães então, nem se fala. Mas ainda tenho um terceiro e forte motivo: “Mothern – Manual da Mãe Moderna” é um caso do blog que virou livro. Depois virou coluna de revista e programa de TV a cabo. E transformou as mineiras Juliana Sampaio e Laura Guimarães em sucesso absoluto de público e de crítica, entre mães e pais, descolados ou não.


 


Esse livro é tão especial que a “orelha” tem até título – “Mother Love“, e é assinada pela também mãe e mineira Fernanda Takai, vocalista do Pato Fú. E conta com um belo prefácio que contextualiza a maternidade. Uma instituição remota e fundadora da própria humanidade, e que continua na pauta e na prática das mulheres atuais.


 


Mothern é a contração de Mother com Modern, e que define uma mãe moderna. As autoras juram que as mulheres com filhos fazem um pacto entre si de nunca, jamais, nem sob tortura, contar às futuras mamães as aventuras que ainda estão por vir. Mas Ju e Laura prometem quebrar esse pacto.


 


Alguns segredos escondidos pela fraternidade maternal são revelados, como, por exemplo, depois que os filhos nascem, uma mothern nunca mais dormirá dez horas. Nem nove e nem oito. A mothern aprenderá a ser interrompida e voltará para casa mais cedo. Entenderá o que é instinto e não passará um único dia sem dar um sorriso.


 


Elas contam as verdades sobre o enxoval, os campeões da inutilidade e a cólica. Um curso intensivo, com Shantala, funchicória, luftal e até o efeito duvidoso de um CD. A conclusão motherna: refluxo sucks, mas passa. Sim, a maternidade tem um lado meio trash.


 


O mundo corporativo não pode questionar a contratação de uma mothern. Para os empregadores, é a certeza de uma profissional capaz de abrir mão de seus horários. E que pode falar aquele “não” absolutamente irrevogável, aceitar as limitações alheias e ter toda a paciência do mundo. E não cobrar remuneração extra por nenhum desses itens.


 


Na Sociologia Motherna, temos a criança enquanto agente de socialização dos pais. Tímidos,  reproduzi-vos e nunca mais vai faltar assunto. Sua vida social vai virar de cabeça para baixo. E você ainda vai aprender a arte de receber crianças em casa e orientações para eventuais atritos entre as crias. Mas não se preocupe, os barracos acontecem nas melhores festas.


 


As autoras ainda têm três dicas mothernas para as festas infantis. Primeiro, a festa “Fome Zero”, um lanchinho na escola ou no salão de festas de um amigo, um bolinho básico, refrigerante (que faz mal mas é baratinho) e muita pipoca. Tem a “Festa Emergente”, para você que reservou uma grana, com decoração, bufê, bebidas variadas e até teatrinho. Mas se você é gente fina mesmo, não economize e escolha a “Festa Caras”. Vá ao melhor bufê infantil da cidade, assine o cheque e divirta-se como se fosse convidado.   


 


Mesmo uma mothern tem seus pecados. Deixa de dar banho no filho que dormiu ou porque está com preguiça. Serve miojo no jantar ou dá para o filho aquele biscoito que caiu no chão (e ninguém viu). Ou ainda grita bem alto, “pare de gritar”. Você vai aprender a origem das tensões e como evitá-las. Tem a TPS (Tensão Pré-Soninho), a TPA (Tensão Pré-Almoço), a TPD (Tensão Pré-Dentinho) e a tradicional TPM (das mães, é claro).


 


As dicas seguem com o princípio da gambiarra, a arte de enganar as crianças, a festa da barriga e o homem-banguela. Mas cuidado com a comida ambulante, onde a mãe fica correndo atrás do filho tentando convencê-lo a ingerir o alimento. E tem ainda os “artigos de luxo” das crianças do século XXI, como irmãos, primos, turma de vizinhos, quintal, mãe que cozinha e pai que troca lâmpada.


 


No final, uma merecida homenagem à nova geração de pais – os Fatherns. São homens que passeiam com seus filhos, frequentam os pediatras, cozinham e trocam fraldas. Um sutil, mas significativo movimento pós-motherno. Mas as autoras são implacáveis: se o marido não troca fraldas, troque de marido.


 


Assim deve ser a vida de uma mãe moderna, que chora e brinca, que testa e indica, que aprova e desaprova, enfim, que participa. Aprendendo com os erros e acertos, afinal os bebês não vêm com bula.  Encontre no riso o elemento principal desta equação.


 


Estou certo de que pais e mães, com ou sem filhos, vão curtir muito esse livro sensacional. Mas o ministério da saúde adverte: o livro Mother é altamente prejudicial ao mau humor. Palavra deste Fathern assumido que vos escreve. Boas gargalhadas!


 


 


MOTHERN – Manual da Mãe Moderna


Juliana Sampaio & Laura Guimarães


Matrix Editora – 2005 (173 páginas)


 


 


 

0 comentário em “ARTIGO: Mothern – Algumas Instruções a Respeito Delas!”

  1. Gostei muito de seu blog e penso ser um recurso de TI útil e com larga amplitude.
    Livro interessante: A felicidade paradoxal: ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo. GILLES, Lipovetsky. Você vai gostar. Abraços e parabéns.

  2. Mães mais velhas acabam se adaptando ao novo mundo também, isso é engraçado muitas vezes…Mas no fundo nunca deixam de ter aquele cuidado que só as mães têm!

    Parabéns atrasado à Ana…e um forte abraço pra você!!!
    Saudades de você!

  3. Antes de mais nada, PARABÉNS (atrasado que dá dó…) para a Ana querida.
    Gostei do seu comentário sobre o livro Mothern que, diga-se de passagem, merece um comentário pois o livro além de útil, é engraçado – o que faz toooda a diferença nas diversas situações inusitadas da maternidade. Só rindo mesmo!
    Beijos

  4. Gostaria de dizer que sendo MULHER E MÃE, ter um livro que remeta a pessoas como nós com esse humor e competência, nos faz perceber que nossas dificuldades, medos, fantasmas e etc…não são só nossos e sim de toda “CLASSE” mãe…rsrsrs
    Me conforta saber que eu como mãe não estou sozinha e todo amor, carinho e respeito que tenho pelos meus filhos, mesmo com todos os medos se tornam comuns e simples e rotineiros,,,,,,rsrsrsrs
    um grande beijo e parabéns por dar tanta importância as QUERIDAS MÃES.

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