Pelas minhas andanças continuo a perceber um grande descolamento entre o dia-a-dia dos gestores e os aplicativos empresariais (ERP, CRM, BPM), que ainda oferecem pouca sustentação às atividades tático-gerenciais.
É certo, em 90% ou mais do tempo frente ao seu computador o tal “usuário-gestor” lê e-mails, verifica ou calibra planilhas e redige mensagens e documentos. Mas para as atividades que distinguem suas atuações profissionais, há pouco ou quase nenhum instrumental de TI disponível.
Poucos têm o privilégio de contar com uma “tela” para inserir dados correspondentes a uma etapa de seu trabalho iniciado ou a ser finalizado por um outro colaborador. Ah, que inveja do time operacional!
Primeira constatação: a não concatenação das atividades operacionais e táticas, através dos aplicativos empresariais, determina um modelo operacional ineficaz, impedindo ganhos mais expressivos de produtividade.
Os ganhos decorrentes do investimento correto em TI são os mais significativos, deixando, em plena época de abertura global, o afinamento das atividades de F&A (Financial e Accounting) e os investimentos expressivos em P&D e inovação para trás;
Este acerto redunda em processos inovadores e bem executados;
As empresas que acertaram em TI deram “tacadas competitivas mais ousadas” e no movimento de concentração engoliram seus concorrentes.
O sistema de informação construído é amplo, ou seja, cobre a maioria dos processos operacionais;
Produz resultados imediatos, é preciso, padroniza e se propaga rapidamente para as demais unidades, quando este for o caso;
Embute mecanismos de controle e torna fácil o monitoramento, facilitando a intervenção adequada dos gestores no processo operacional.
O problema é que a maioria das empresas ainda está longe deste estágio de competitividade fomentado por investimentos corretos em TI.