Quantos
de nós buscamos conquistar uma vida feliz: no trabalho, no casamento, com os
amigos, com a família, e no decorrer da vida cotidiana, nos sabotamos. Queremos
realizar sonhos, e por vezes arranjamos mil desculpas para adiá-los. As
justificativas são as mais fúteis e pueris. Porém, na nossa lógica, faz todo
sentido. Ficamos na zona de conforto, por insegurança, ou por medo de não
sermos capazes das realizações pretendidas.
No
trabalho, quando surgem oportunidades que nos desafiam, achamos que não estamos
preparados o suficiente. Pensamos, frequentemente, que com um pouco mais de
qualificação, seria mais apropriado para entrarmos numa competição e
conseguirmos a promoção desejada. E assim, vamos adiando sonhos, vontades,
anseios, e nos frustrando com a demora em conseguir aquilo que queremos.
Por
outro lado, outros, lutam valentemente, por ascensão profissional, e quando
chegam lá, ficam amedrontados com o tamanho da responsabilidade que os espera e
acabam achando-se incapazes de se manterem firmes no desenvolvimento de novas
habilidades para a manutenção de sua conquista.
Tem
ainda, aquelas pessoas, que tem uma imagem
tão distorcida do seu próprio valor, que não conseguem reconhecer seus esforços quando são vitoriosas. Embora sejam talentosas, inteligentes, determinadas, e por
esta razão conseguem destaque dentre às outras, não se reconhecem merecedoras do seu próprio sucesso. Nunca
atribuem à sua dedicação e inteligência, às suas vitórias. Creem que as escolhas que fazem, não são responsáveis
pelas suas realizações, o que é uma tremenda autossabotagem. Chegam a verbalizar
que não fizeram nada demais, apenas fizeram a sua parte. Quando recebem
premiações pelo reconhecimento das suas lutas, costumam dizer que tiveram sorte.
O destaque de uma pessoa no trabalho ou na
vida, não é obra do acaso ou das circunstâncias. A sorte, é fruto de dois
ingredientes: Talento e Oportunidade.
Quando estes dois ingredientes se encontram, a sua vida prospera e você acaba
tornando-se referência em tudo que faz.
Todos
nós convivemos com pessoas brilhantes, que tem baixa autoestima e sempre acham que estão no lugar errado ou
fazendo a coisa errada. O sentimento de inadequação e insegurança, estão
presentes em grande parte da história delas. Quando estas obtêm êxito em seus
objetivos, começam a pensar se valeu à pena.
Cuidado, com
as vozes internas
que começam a fomentar dentro de você intrigas do tipo: “As lutas empreendidas
para o seu êxito profissional, são questionáveis, porque o preço foi muito alto;”
Ou: “faltou tempo para os filhos, para os amigos, para o lazer e para a
liberdade”; “O seu relacionamento vai mal por causa da sua carreira ou do seu
Doutorado”. Diálogos internos deste tipo, costumam ser armadilhas para
justificar abrir mão das coisas e pessoas que conquistamos ou amamos.
Parece
estranho a dificuldade de algumas pessoas lidarem com o êxito. Estes casos, são
mais comuns do que se imagina. Jovens executivos (as), mulheres,
principalmente, se auto sabotam porque são bem sucedidas na carreira e não se
casaram, por exemplo.
A
auto sabotagem pode acontecer em qualquer fase da vida: no casamento bem
sucedido, no emprego dos sonhos, na ascensão profissional precoce ou quando
atingimos o topo naquilo que mais almejávamos na vida.
Cuidado com o
jeito enfadonho de olhar para a sua trajetória. A vida é feita de muitas
lutas e os caminhos para os nossos sucessos ou fracassos, fomos nós mesmos que
os traçamos. Parafraseando o poeta português, Fernando Pessoa, somos o viajante
e viagem. Tenhamos mais confiança em nós mesmos e fiquemos atentos para
percebermos quando os nossos pensamentos
espelham falsas ideias a nosso
respeito.
@escritoraisabelspindola