Vinha escutando o rádio esta manhã e a repórter da BBC Brasil falou sobre um sistema que o Google criara para monitorar os surtos de gripe, partindo dos dados de busca. O buscador descobrira que certos termos quando usados para uma busca eram um bom indicador de atividade gripal. E aí criaram o Google Flu Trends que tem conseguido estimar a atividade de gripe por estado (nos EUA) com mais precisão do que os sistemas de monitoramento tradicionais. Eis como o Google explica o seu sistema (tradução minha – e sem muita revisão):
“Toda semana, milhões de usuários de todo o mundo buscam informação sobre saúde online. Como seria de se esperar, existe um número muito maior de buscas relacionadas com gripe na estação propícia a gripe, assim como buscas relacionadas a alergia na estação propícia a alergia, e mais buscas relacionadas a queimaduras de sol no verão. Pode-se explorar todos esses fenômenos usando o Google Trends. Mas será que tendências de buscas ofereceriam um modelo acurado e confiável do fenômeno no mundo real?
Nós descobrimos uma relação aproximada entre quantas pessas buscam tópicos relacionados com gripe e quantas pessoas têm de fato sintomas da gripe. Naturalmente, nem todo mundo que busca por “gripe” está de fato doente, mas um padrão emerge quando todas as buscas relacionadas a gripe de cada estado e região são somadas. Nós comparamos a contagem das buscas com os dados de um sistema de monitoramento do U.S. Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e descobrimos que algumas queries são populares exatamente quando a onda de gripe está ocorrendo. A frequencia dessas queries nos deram uma estimativa de quanto a gripe está em circulação nas várias regiões do Estados Unidos.
Durante a estação da gripe de 2007-2008, uma versão inicial do Google Flu Trends foi usado para compartilhar resultados semanais com a Divisão de Epidemiologia e Prevenção de Influenza Division da CDC. Atualmente, o Google já pode estimar de forma acurada os níveis correntes de gripe uma a duas semanas antes que a CDC publique seus relatórios.”
Fascinante, não?