(Esta notícia talvez seja a mais importante do ano. Obteve, apesar disso, um tratamento meio, digamos, esquisito da mídia. Esta notícia talvez seja a mais importante do ano. Obteve, apesar disso, um tratamento meio, digamos, esquisito da mídia. A matéria abaixo – Luiz Alberto Marinho, www.bluebus.com.br – uma das mais equilibradas. Nada surpreendente, como sabem quem acompanha a carreira do profissional.)
Apesar da inflaçao em alta e das vendas em queda em algumas categorias, como produtos de beleza e iogurtes, o desempenho do varejo como um todo continua surpreendendo positivamente. Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, o faturamento do comércio no acumulado dos primeiros 5 meses do ano foi quase 11% maior do que em 2007.
A explicaçao para este bom resultado está na evoluçao da renda do brasileiro – de acordo com um estudo divulgado ontem pela Fundaçao Getúlio Vargas, a nossa classe média, composta por famílias com renda mensal na faixa de R$ 1,064 a R$ 4,591, representa hoje 51,8% da populaçao. Há 6 anos, esse percentual era de apenas 42,5%. Para a FGV, essa melhoria nas condiçoes financeiras dos brasileiros se deve principalmente a ampliaçao do mercado de trabalho e ao aumento do emprego formal – 44,3% dos trabalhadores têm hoje carteira assinada, maior índice desde 1992. Além do crescimento da classe média, o trabalho mostrou que também a elite brasileira engordou um pouco mais nesse período. As famílias com renda mensal superior a R$ 4,591 passaram de 13% para 15,5% de 2002 para cá. Como consequência, a base da pirâmide social encolheu de 42,8% para 32,6%, reduzindo o contingente de pobres e remediados, na avaliaçao da FGV. A análise refere as pessoas entre 15 e 60 anos, que vivem nas 6 principais regioes metropolitanas do país – Sao Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.
A explicaçao para este bom resultado está na evoluçao da renda do brasileiro – de acordo com um estudo divulgado ontem pela Fundaçao Getúlio Vargas, a nossa classe média, composta por famílias com renda mensal na faixa de R$ 1,064 a R$ 4,591, representa hoje 51,8% da populaçao. Há 6 anos, esse percentual era de apenas 42,5%. Para a FGV, essa melhoria nas condiçoes financeiras dos brasileiros se deve principalmente a ampliaçao do mercado de trabalho e ao aumento do emprego formal – 44,3% dos trabalhadores têm hoje carteira assinada, maior índice desde 1992. Além do crescimento da classe média, o trabalho mostrou que também a elite brasileira engordou um pouco mais nesse período. As famílias com renda mensal superior a R$ 4,591 passaram de 13% para 15,5% de 2002 para cá. Como consequência, a base da pirâmide social encolheu de 42,8% para 32,6%, reduzindo o contingente de pobres e remediados, na avaliaçao da FGV. A análise refere as pessoas entre 15 e 60 anos, que vivem nas 6 principais regioes metropolitanas do país – Sao Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.
Também ontem o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou estudo semelhante ao da FGV, ampliando o volume das boas notícias nos planos econômico e social. Utilizando o critério de renda domiciliar per capita, e nao familiar como fez a FGV, o IPEA calculou que o contingente de brasileiros pobres recuou de 33% para 24% da populaçao nos últimos 6 anos. Melhor ainda – o percentual de indigentes, representados por pessoas com renda individual de até R$ 103,75, caiu pela metade. Em 2002, 12,7% estavam nesta condiçao e hoje apenas 6,6% dos brasileiros vivem em estado de pobreza absoluta. Na outra ponta da pirâmide, ainda segundo o IPEA, nao há novidades. O percentual de ricos, com renda mensal acima de R$ 16.600, permanece na casa de 1%.
Tanto o trabalho da FGV quanto o do IPEA revelam uma sociedade menos desigual e um mercado de consumo ampliado e mais democrático. Resta às marcas seguir decifrando coraçoes e mentes dessa nova classe média brasileira, cujo comportamento será cada vez mais decisivo para o desempenho delas no país.