O drama de estar desempregado



Há muitos meses enviando vários currículos por dia, comparecendo há diversos processos seletivos (quando são agendados, pois receber uma ligação do recrutador e o agendamento já são indícios de esperança), ouvindo “não” ou às vezes, a dolorida sensação da indiferença ou do descaso.


 


Parece que você é ou está invisível no mercado de trabalho, que as portas estão fechadas, que os caminhos profissionais estão bloqueados, você enviou o currículo para aquela vaga que descrevia exatamente o seu perfil, por que ninguém ligou? Por que tudo parece tão complicado e distante dos sonhos?


 


Num mundo em que o mais importante parece que é o “ter” e não o “ser”, o ditado “matar um leão por dia” se apresenta como muito próximo da realidade.


 


A desesperança toma conta e o pior, você começa a pensar que não é competente, que está ultrapassado, desatualizado ou que nunca mais vai encontrar emprego. O tempo vai passando célere, as contas se acumulando, chega um ponto em que o profissional nem pode mais escolher ou negociar onde ou para quem gostaria de trabalhar, acaba tendo que aceitar a chance que surgir (quando não vislumbra outras possibilidades).


 


Quando o desânimo se abate, a auto-estima e a autoconfiança ficam abaladas, o que, ironicamente, faz com que você tenha um desempenho ruim ou abaixo do esperado nos processos seletivos, pois as empresas esperam ver candidatos bem dispostos, proativos, entusiasmados, bem humorados, com alta energia e desprendimento.


 


Afinal, qual o caminho das oportunidades?


 


Eu posso me aventurar a sugerir algumas ações ou posturas, no papel de observadora e estudiosa do comportamento humano, interessada no desenvolvimento das pessoas e no meu próprio, afinal também estou nesta caminhada.


 


Segundo as Leis Universais que regem a Vida e algumas técnicas do Coaching (processo interativo de orientação e maximização do potencial humano), somos parte do Universo, estamos contidos Nele e O contemos, todos queremos a felicidade, o que mudam são os objetivos e desejos de cada um. Deixando os problemas mais materiais um pouco de lado e seguindo este raciocínio mais amplo e filosófico sobre a Vida, podemos tentar (e conseguir) trilhar o caminho do desapego, do compartilhar, do pensar positivo, de ajudar o próximo, contribuir, orientar, numa troca incessante com o outro e com a Natureza, já que ninguém faz nada sozinho, somos seres gregários, ou seja, vivemos em sociedade e precisamos uns dos outros. De acordo com as leis da “ação e reação”, “causa e efeito” e “atração”, no mínimo tem-se que buscar uma postura assertiva, um comportamento positivo e excelente diante da família, das pessoas, do trabalho e da Vida.


 


Quando falo em desapego, não me refiro somente às coisas materiais, mas às crenças limitadoras que nos tolhem e amarram nossa evolução e amadurecimento, aos preconceitos e paradigmas que alimentamos e defendemos muitas vezes, sem nem saber o motivo. São modelos mentais cristalizados, enraizados no passado, cria-se um conceito sem fundamento e carrega-se por toda a vida.


 


Livre-se dos pesos desnecessários de sua vida que você arrasta com dificuldade, como mágoas, raiva, ideias fixas, vingança, medo, inveja, preocupações (pré-ocupação = quer dizer ocupar a mente com algo, antes da hora), pois este movimento é contrário à vida; faça um esforço em prol de si mesmo. Você pode contestar e dizer que são sentimentos humanos, sim, são, mas o desafio é superá-los e ter uma melhor qualidade de vida.


 


A grande meta é a reforma íntima, a auto-análise diária, pois quando você muda seu ponto de vista, tudo muda a seu redor, você consegue enxergar alternativas e outros pontos de vista para uma questão ou dilema, aliás, o que você achava que era problema, depois nem o considera mais.


 


A disposição e motivação vem de dentro! Não espere por motivos de fora! Não estou dizendo que seja fácil, mas é assim. Somente você mesmo poderá mudar seu estado de espírito e o estado de coisas em seu momento atual de vida.


 


Quero dizer que me solidarizo verdadeiramente com meus leitores que me enviam relatos sobre o desespero e a luta contra o desemprego e a escravidão ao vil metal. E eu mesma tenho essa vivência gravada em meu repertório de vida, sei bem como é complicado. Eu procuro ajudar e compartilhar o que posso. Além dos que me escrevem, minha amiga Rosi também me inspirou a escrever sobre o tema desapego a partir de uma conversa que tivemos. Obrigada, Rô!


 

Ânimo minha gente! Sigamos adiante, estamos todos juntos!

38 comentários em “O drama de estar desempregado”

  1. Muito bom!
    Parabéns, as pessoas precisam disso mesmo, todo ser humano precisa de uma conscientização a respeito de si mesmo, de quem é e de como se desenvolver no decorrer da vida!

  2. Olá Carmem!

    Obrigada pela presença e pelos parabéns!

    Concordo, gosto de atuar nesse caminho de auxiliar o outro a olhar para dentro de si, e com isso, tal exercício vai ficando cada vez mais comum para que eu faça comigo mesma.

    Volte sempre!
    Abraço
    Fabiana

  3. Mto boa a matéria Fabi, me surpreendi ao reencontrar vc. Lembro que trabalhei contigo na RHI acho que em meados de 2004 quando iniciei como recepcionita. Mto bom reve-lá e ler uma matéria excelente como essa.

    Bjos
    Liliane Quirino

  4. Boa tarde,

    muito boa sua crítica sobre algo tão real e palpável como o desemprego. Em cada palavra que escreveu pude ver um sentimento idêntico ao meu, mas o que fazer? Como conseguiur um emprego de verdade? Como parecer suficientemente atrativo o bastante para te chamarem para uma entrevista e ser contratado?
    Preciso de ajuda, pois os meus quase três meses de procura estão me deixando fadigada e desmotivada, não consigo mais direcionar exatamente qual é o emprego que eu quero.
    Beijos.

  5. Muito bom o artigo.
    Parece até que era eu mesma falando sobre mim e sobre meus sentimentos.
    É uma luta diária e um novo aprendizado a cada dia.
    Tenho fé que vou conseguir me recolocar no mercado, afinal, não acredito que todos os reconhecimentos que recebi durante minha trajetória profissional foram falsos.
    Acredito em mim e sei que vou virar a mesa.
    Parabéns pelo trabalho!

  6. nossa que artigo sensacional. gostei e muito deste artigo e espero que venham muito mais, e retrata fielmente a realidade de hj, com o mercado voraz, preocupado com quantidade e nao qualidade e salario reduzidos, principalmente para queles acima de 40 anos que no Brasil é considerado pelo mercado incompetente, fora da capacidade de trabalhar e por ai vai , me enquadro filmente neste quadro.

  7. Oiii Liliane!

    Há quanto tempo! Sim, trabalhei na RHI em 2004.

    Que bom que me encontrou, assim, poderemos manter contato.

    Obrigada pelo elogio, espero que volte sempre ao Blog!

    Beijos
    Fabiana

  8. Olá Isadora, obrigada pelo elogio! Respondendo às suas perguntas, “conseguir um emprego de verdade” é uma somatória de vários fatores, como: criar uma atmosfera de pensamento positivo ao redor de si, conhecer-se a si mesma (qualidades e características a serem trabalhadas), ter um currículo bem elaborado e atrativo para o mercado de trabalho, buscar vagas nos locais certos, participar de Grupos de Discussão de RH e de Redes Sociais e se empenhar com muito afinco e determinação nesse objetivo.

  9. Olá Valdiléa!

    Isso mesmo!! Gostei de ver como você é autoconfiante, continue assim, acreditando em seu potencial, encontrar um bom emprego é questão de tempo. Continue com sua fé inabalável.

    Muito obrigada pelo comentário, espero lê-los em outros artigos meus!

    Abraço
    Fabiana

  10. Fabiana, estava aguardando sua publicação e, mais uma vez, não me decepcionei. Parece que te contei tudo que venho sentido nesse processo de busca profissional que estou vivendo. Incrível sua sensibilidade! Bom saber que todos os sentimentos descritos em seu artigo são perfeitamente normais. E assino embaixo na questão da motivação vir de dentro. Aguardo o próximo artigo. Abs.

  11. Olá Roseli!

    Gosto de receber seus comentários, muito obrigada!

    Infelizmente, quem enfrenta o desemprego tem que driblar os percalços dessa luta diária e muitas vezes, injusta.

    Volte sempre com seu parecer lúcido.

    Abraço
    Fabiana Sanches

  12. Olá Giceles

    Desculpe-me, não entendi seu comentário, mas gostaria muito. Se puder reescrevê-lo, agradeço.

    Mas mesmo assim, muito obrigada por postá-lo.

    Abraço
    Fabiana Sanches

  13. Olá Leticia!

    Fiquei imensamente feliz com seu relato.

    Sim, os sentimentos humanos são os mesmos e todos temos o mesmo objetivo também: o de ser feliz! Mas parece que as pessoas acabam complicando tudo! rsrs

    Espero continuar lendo seus comentários no Blog.

    Beijos
    Fabiana Sanches

  14. Oi Marcello

    Espero realmente, auxiliar alguém. Se somente uma pessoa se sentir melhor com o que eu escrevo, já valeu a pena.

    Volte sempre!
    Abraço
    Fabiana Sanches

  15. Bom dia Fabiana!

    Estou cursando gestão em RH no 3° semestre. No semestre passado o tema do nosso P.I era Coaching e os avaliadores gostaram muito do trabalho do nosso grupo. Novamente neste semestre abordaremos o tema Coaching, porém com intuito de descobrirmos como seria uma disciplina desta aréa nas escolas de ensino médio, como orintação profissinal aos estudantes. O que vc acha?

  16. Cara Regina! Eu acho ótimo! O Coaching, apesar de relativamente novo no mercado, já está em algumas poucas universidades como um recurso de Orientação aos Estudantes. Eu mesma gostaria muito de atuar como Coach nas escolas e já me candidatei em algumas faculdades. (PARTE I – TEM CONTINUAÇÃO).

  17. (PARTE II – RESPO. A REGINA) Penso que esse trabalho seja essencial aos alunos, principalmente do ensino médio, pois em nossa cultura é esperado que o recém-formado no ensino médio já tenha que ter uma escolha definitiva da profissão, o que, em minha visão, é uma cobrança absurda, levando-se em consideração a fase da adolescência, cheia de transições, mudanças e dúvidas. Boa sorte a você e sucesso em seus empreendimentos!

  18. Fábiana,
    Parabéns pelo seu artigo, esta angústia não é só dos desempregados, as famílias tbém sofrem muito com esta falta de emprego.
    Um beijão

  19. isabelroca@ig.com.br'
    Isabel Cristina Araújo Cavazere

    Excelentes pontuações;. Sou líder coaching e entendo que muitos profissionais também se sentem dessa forma por terem uma baixa estima ou por não se sentirem confiantes. As dicas da Fabiana sempre contribui para o desenvolvimento humano e cultural. O radicalismo nunca será nobre, mas as boas condutas nos levará a caminhos radiciais… saiba disso. Tudo é lícito mas nem tudo convém. Parabéns. Isabel Cavazere

  20. Oi mami linda! (Cleuza)

    É verdade, a ansiedade não é somente do candidato e sim, das famílias, que acompanham toda a trajetória dos queridos.

    Obrigada pelo comentário.
    Beijos
    Fabiana

  21. betequirino@uol.com.br'
    Elisabete Quirino

    Gostei muito da sua publicação, Fabiana. Nossa, muitas pessoas (consultores e recrutadores de RH) não fazem ideia como essa fase, na qual estou passando, é difícil e mexe com o nosso emocional! Cada vez que ouvimos um NÃO, ou mesmo quando se quer temos o feedback, uma resposta, ela cai como um PESO em nossas cabeças, e temos que ter a arte de sorrir, recomeçar, acreditar, não desistir nunca! Mas, eu confesso: não é fácil, só Deus mesmo! Parabéns pela suas palavras! Abraços, Bete.

  22. Olá Bete

    Eu faço ideia sim, e lamento muito. São os desafios da vida, os quais todos estamos sujeitos (inclusive, os recrutadores).

    Peça forças nesses momentos difíceis.

    Volte sempre ao Blog!
    Abraço
    Fabiana sanches

  23. adriana.nakanishi@gmail.com'
    Adriana Nakanishi

    Olá Fabiana, recebi por meio do Grupo João Honório o seu e-mail para que acessássemos seu Blog Bolsa de Empregos. Li o Artigo – O drama de estar desempregado e me identifiquei muito, pois estou desempregada desde junho do ano passado, atuo na área da Qualidade e RH. Vc mencionou no artigo que “O tempo vai passando célere, as contas se acumulando, chega um ponto em que o profissional nem pode mais escolher ou negociar onde ou p/ quem gostaria de trabalhar, …(CONTINUA).

  24. adriana.nakanishi@gmail.com'
    Adriana Nakanishi

    (acaba tendo que aceitar a chance que surgir (quando não vislumbra outras possibilidades).”
    Me vi nesta situação este ano quando aceitei a trabalhar em uma empresa, mas não consegui ficar e pedi demissão no período de experiência, pois não me identifiquei com a vaga e nem com o trabalho, estava frustada e infeliz, tomei essa difícil decisão, mas agora estou com medo de não conseguir outro trabalho que me traga satisfação.
    Agradeço sua Atenção e Parabéns pelo Blog. Abraços, Adriana Nakanishi

  25. Oi Adriana. É triste e lamento o que aconteceu, mas te serviu como aprendizado com certeza. Como vivemos praticamente em função do dinheiro, é natural após um período sem emprego, aceitarmos uma proposta somente p/ “acertarmos as dívidas”, mas o preço pode ser alto, como desmotivação, frustração, demissão, desligamento.Não tenha medo de não encontrar um trabalho que te traga satisfação, respire fundo, realinhe seus objetivos com fé, pense positivo e o emprego que vc sonha virá, conte c/ isso!Bj

  26. Boa tarde, Fabi.

    Tudo bem?
    Acabei de ter acesso ao seu Blog sobre desemprego através de uma rede de e-mails de emprego.
    Eu adorei suas palavras e pude me ver nelas repetidamente.
    Estou desempregada há quase três meses, recém-formada em administração.
    Você pode me ajudar em alguma coisa?
    Qual é seu ramo de atuação fora palavras incentivadoras e muito bonitas?

    Estarei no aguardo.
    Um beijo enorme.

    Atenciosamente,
    Isadora Bueno

  27. Oi Isadora! O que posso fazer por vc é incluir seu e-mail em minha rede de ENVIO DE VAGAS, mas informo que essas vagas vão misturadas, pois por ser um trabalho voluntário, não tenho como separá-las por áreas. Se quiser, basta me dizer. Meu ramo de atuação é em RH, sou Psicóloga autônoma e atuo com Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Coaching – Orientação de Carreira (individual e em grupo). Muito obrigada pelo comentário e pelo elogio! Volte sempre ao Blog! Beijos Fabiana

  28. Olá Bruno!

    Sim, eu conheço bem a realidade do desempregado/candidato.

    Obrigada pelo comentário e volte sempre ao Blog!

    Abraço,
    Fabiana

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