O título da matéria de David Pogue, no Nytimes.com, é tão bom quanto intraduzível – a referência é ao Um Anel, do Senhor dos Anéis, aquele que é “one ring to rule them all”. Minha dúvida é se a analogia não deveria ir mais longe e associar o Google a Mordor. O fato é que a matéria comenta o lançamento do Google Voice.
O Google Voice unifica todos os nossos numeros de telefone ( casa, celular, trabalho, etc), transforma os recados deixados nas secretarias eletronicas em textos que se recebe por email ou por SMS, bloqueia o telemarketing, permite fazer conference call sem pagar por isso ou sem precisar de um numero especial, faz ligaçoes internacionais por preços ainda mais baixos que do Skype e tem ainda outros recursos.
Nas palavras do Pogue, “Se a busca do Google revolucionou a Web e o Gmail revolucionou o email gratuito, entao uma coisa é certa – Google Voice, lançado 5a feira passada, vai revolucionar os telefones”. Para quem está por fora, é algo que vem ganhando contornos desde 2005, quando o projeto foi concebido por uma start-up chamada Grand Central. Revolucionário desde a origem, o objetivo era resolver a complicação que é ter mais de um número de telefone (casa, trabalho, celular, etc.), cada um com sua secretária eletrônica. Ou chamadas perdidas porque as pessoas procuravam você no celular e você estava em casa. E ter que mudar todos os números quando mudava de cidade. Em 2007, Google comprou Grande Central. E transformou os planos em realidade dois anos depois, como vimos.