Os dias das operadoras de celulares estão contados?



Pelo menos, no que toca a parte de venda de conteúdo, tudo indica que sim. Matéria publicada na Business Week semana passada fala sobre a tendência dos consumidores bypassar as operadoras e adquirirem serviços direto da Web. O artigo inicia com o caso de Tonya Carter, cliente da Verizon. Moradora de Houston, 33 anos, ela deixou de comprar ringtones da operadora e está usando os serviços da Thumbplay. Por 10 dólares mensais, ela tem acesso a ringtones e uma gama de outros produtos, como jogos por exemplo.


Segundo BW, um número crescente de consumidores ávidos por conteúdo está driblando as operadoras e privando-as de uma fonte importante de receita. Atualmente, cerca de 80% do conteúdo para celulares é comprado nos portais dessas empresas, mas em 5 anos essa participação terá caído para 25%, estima David Kerr, analisa da Strategy Analytics. O crescimento dessas receitas já diminuiu o ímpeto em 2007.


As operadoras dizem que a parte de conteúdo não é tão importante quanto acesso via canais de dados. De qualquer forma, os valores são significativos e o surgimento de empresas como a Thumbplay é uma evidência recente de que as operadoras estão perdendo o pulso desse mercado cada vez mais congestionado. A Apple, por exemplo, novata nessa área, leva a maior parte da receita geradas pelos seus iPhones.


Um dos motivos do sucesso da Thumbplay e de empresas similares é a proliferação de browers para celulares equipados com conexões sem fio. As operadoras não conseguem mais funcionar como leões de chácara, determinando que serviços os consumidores podem fazer download. “Passou o tempo em que as operadoras podiam ditar os termos”, diz John du Pre Gauntt, um analista senior da eMarketer.


A empresa Handango, de Hurst, Texas, vende aplicações diretamente e através de portais das operadoras. Em março, a empresa fechou negócio para vender seus softwares através da Carphone Warehouse, o maior varejista independente de celulares da Europa. A Handango também espera distribuir seus conteúdos através da iTunes Store, da Apple. “No futuro, um parte muito maior de nosso negócios vai ser feito via fabricantes e varejistas de celulares [ao invés de operadoras],” afirma Bill Stone, CEO da Handango

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