As empresas que adotam ciência de dados em sua relação com consumidores têm receita até 20% maior e obtêm um corte de custos que chega a 30%, diz estudo da BCG em parceria com o Google. A personalização com base de análise de dados é a ferramenta mais importante para obter esse resultado. Segundo o estudo, o Brasil ainda está longe dos mercados mais desenvolvidos. Embora 80% das empresas brasileiras já usem dados de clientes como informações cadastrais, características demográficas, dados de transações e cookies de usuários, 77% não integram bases online e offline e 59% sequer integram os dados das bases que já estão online. 91% das empresas brasileiras não personalização avançada em seus sites e 44% não têm personalização alguma — mostram os mesmos resultados para clientes diferentes. Outro dado importante: apenas 25% das verbas de marketing são direcionadas para canais digitais — 44% nos EUA, 61% no Reino Unido. Fonte: Folha de S. Paulo
A partir do mês que vem, as micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais (MEI) que emitirem Nota Fiscal Eletrônica ou fizerem cadastros e consultas no e-Social terão a obrigatoriedade de realizar essas atividades por meio de Certificação Digital, conforme Resolução CGSN nº 137, de 4 de dezembro de 2017, Art. 72; Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, § 7º. A Certificação Digital veio para assegurar a validade jurídica, autenticidade e integridade nas transações realizadas pela internet. Com um Certificado Digital é possível assinar contratos e documentos digitalmente sem necessidade de reconhecimento de firma; efetuar declarações, cadastros e consultas das obrigações com o governo, como imposto de renda de pessoa física e de pessoa jurídica, sem deslocamento, com economia de tempo e dinheiro. No site dos Correios é possível solicitar a Certificação Digital para pessoas e empresas. Bastar agendar o atendimento em uma agência credenciada e comparecer com a documentação necessária. Fonte: Correios/Depto de Comunicação Institucional
Câmara discute regulação das blockchains em busca de segurança e garantias
Uma possível regulação para a tecnologia de blockchains foi o assunto de uma reunião da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados realizada nesta terça-feira, 19/6. O consenso entre os especialistas presentes foi unânime: o sistema carece de regulamentação, mas esse processo precisa acontecer de forma cuidadosa e ser aplicado de forma a não entrar no caminho da inovação na medida em que garante maior segurança e confiabilidade às transações realizadas. Essa é a visão, por exemplo, de Mardilson Queiroz, consultor em regulação do sistema financeiro no Banco Central. Segundo ele, o órgão, inclusive, já trabalha com ativos criptográficos semelhantes a boa parte das aplicações que utilizam blockchain, o que pode significar que um caminho já está sendo pavimentado rumo à definição de padrões. Mas a categoria ainda precisa de certo amadurecimento antes da definição de regras claras. Além disso, Queiroz deixou uma boa notícia: pelo menos por enquanto, não existe intenção, por parte do Bacen, em regulamentar as criptomoedas no Brasil. A busca por políticas públicas que utilizem o sistema para prestar serviços à população também esteve em discussão como um dos pontos que exigiriam uma regulação. Novamente, entretanto, a abordagem foi em prol de padrões leves e pouco restritivos, de forma a fomentar a implementação da tecnologia e também seu uso, em vez de criar empecilhos justamente para isso. Maria da Glória Guimarães, que é diretora do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), acredita que, antes de partir para o pensamento em termos de regulação, é preciso entender exatamente o que o governo pretende com as blockchains e, principalmente, de que maneira essa tecnologia pode ser utilizada nas políticas públicas. Guido Lemos, professor do Departamento de Informática da Universidade Federal da Paraíba, sugeriu que a administração use um modelo semelhante ao da TV digital, aplicando essa dinâmica em etapas. A ideia é não causar stress ao mercado e, ao mesmo tempo, permitir que investimentos planejados e ideias em andamento continuem acontecendo. Lemos defendeu a elaboração de um calendário para aplicação da regulação e a criação de um programa “de Estado, não de governo”, com pensamento permanente e com foco na inovação. Fonte: Canaltech