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Creator Economy: 34,6% dos creators brasileiros já vivem exclusivamente da renda de produção de conteúdo; número dobrou em relação a 2021

Pesquisa realizada pela Brunch e YOUPIX aponta que a diversificação de renda é uma realidade, com 21,6% dos creators comercializando consultorias, cursos e infoprodutos

Em sua nova edição, a pesquisa “Creators e Negócios”, elaborada pela agência Brunch e a consultoria YOUPIX, traz dados inéditos sobre o mundo dos negócios para creators. A formalização da profissão de criador de conteúdo, registrada em 2022 pelo Ministério do Trabalho, é corroborada pelos dados: 1 em cada 3 criadores aponta que a criação de conteúdo já é a única fonte de renda de sua receita e 54,5% relatam emitir nota fiscal. A valorização do trabalho também está mudando, pois o número de criadores que cobram até R$ 500,00 pelo combo de conteúdo reduziu de 53,7% em 2021 para 28,9% em 2022.

Ana Paula Passarelli, COO e co-fundadora da Brunch, explica que os dados da pesquisa apresentam um movimento de transformação da “Influencer Economy” para a “Creator Economy”, com profissionalização acelerada abarcada por uma atenção renovada sobre as métricas de negócios. “O levantamento anual é essencial não apenas para consolidar novos indicadores de avaliação para campanhas de influência, mas, principalmente, para atestar que o mercado vem tomando cada vez mais consciência da diferença de influenciador e criador. Novas nomenclaturas, como os infocreators, também surgirão para dar cabo da profissão multidisciplinar que é ser um ‘creator'”.

Seguindo a tendência de crescimento dos últimos anos, o Instagram segue isolado como a plataforma por onde criadores e marcas mais fazem negócios. 75,2% dos entrevistados apontaram que é a rede por onde mais fecham trabalhos. Com 60,8% da renda dos criadores concentrados em publis e jobs, o uso comercial do Instagram cresceu 9% em relação ao ano passado. O TikTok, embora consolidado e inovador para a dinâmica de viralização, ocupa o terceiro lugar na lista de redes mais utilizadas, com 11,8%, atrás do YouTube, com 12,7%.

Segundo Bia Granja, cofundadora e CCO da YOUPIX, esses números refletem a migração da economia da influência para a economia de criadores. “É impactante ver essa mudança, pois ela é fundamental para a evolução do mercado, tanto para marcas, quanto para influencers. Estamos tomando cada vez mais consciência da diferença de influenciador e criador, e com isso novas métricas, mais voltadas ao negócio e menos ao alcance, estão ganhando espaço”.

O estudo também mostra o surgimento de um novo ator entre os profissionais, o “InfoCreator”. Com fonte de renda que vai além da publicidade e não necessariamente relacionada à criação de conteúdo, 21,6% são profissionais que vendem consultorias, cursos e infoprodutos através dos seus perfis. Em 2021, esse percentual era de 9,1%. Com o TikTok como principal plataforma, 37,8% dos entrevistados têm outro trabalho não relacionado e o faz como renda extra, porém 48,6% têm até 50% da sua renda oriunda da criação e 21,6% têm 100% da sua renda relacionada à criação de conteúdo.

A pesquisa indica um caminho para entender a presença do influenciador que não é creator na plataforma, seja o dentista, a dermatologista ou a advogada. 10,8% da comunidade que respondeu a pesquisa indica que produz conteúdo para também promover seu trabalho. A criação de serviços e produtos como consultorias, cursos, infoprodutos, mentorias já representam 18,1% do faturamento desses profissionais.

“O infocreator é o criador que possui especialidade em uma determinada categoria, o que lhe garante a possibilidade de diversificar seu modelo de receita para a criação de infoprodutos, cursos, mentorias, consultorias e demais atividades remuneradas que dependem da sua expertise. É a junção do creator com o infoprodutor, criando uma nova categoria de creators que vai além do compartilhamento do seu próprio estilo de vida e foca no seu conhecimento e especialidade para ensinar algo”, explica Ana Paula Passarelli.


A pesquisa indica ainda que a Creator Economy abre caminhos possíveis para a transição social. Se apenas 1% dos brasileiros estão no topo da pirâmide social, entre os criadores esse número sobe para 4,5%. 71,3% dos criadores possuem renda individual de R$2.000,00 até R$5.000,00, 24,2% entre R$5.000,01 e R$10.000,00 e 13,4% possuem renda maior do que R$10.000,01. Deste percentual, 4,5% são de criadores que possuem renda acima de R$20.000,00 por mês.

“Há ainda um longo caminho para promovermos um ambiente digital cada vez mais igualitário e respeitoso socialmente, mas acreditamos que é o tipo de caminho que vale a pena ser trilhado. Seja por meio de marcas fomentando ações afirmativas ou pelo apoio e aceleração de carreira de criadores de conteúdo diversos. Precisamos fazer parte de conversas relevantes para a sociedade, usando da nossa voz para alcançar cada vez mais espaço“, finaliza Bia Granja.


Apresentado durante a 8ª edição do YOUPIX Summit, o estudo foi realizado de forma online e avaliou as respostas de 314 criadores de conteúdo de todo o Brasil.

A pesquisa completa pode ser acessada pelo link.

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