A conferência reuniu referências dos principais segmentos debatendo as iniciativas tecnológicas e oportunidades no processo de fusão dos universos físico e digital
As oportunidades para os negócios e gestão estratégicas das empresas foram os principais pontos apresentados por especialistas e pelas lideranças presentes na 6ª edição da conferência “.Futuro Rio 2022”, que aconteceu no formato online na quinta-feira (09/06). O evento teve como tema a “Jornada Phygital”, termo referente a junção do universo físico e digital, que foi debatida sob a perspectiva de três eixos: a nova demanda omnichannel; o trabalhador no mundo Phydigital e o papel da tecnologia e dos dados nas organizações.
Com mais de quatro horas de conteúdo, Xavier Leclerc, curador da conferência, conversou com referências nacionais e internacionais sobre o papel das inovações tecnológicas no desenvolvimento das pessoas e das empresas. O evento foi realizado pela MOX Digital e contou com o patrocínio da Petrobras, do Governo Federal e do Grupo Endered.
O próprio formato da conferência “.Futuro | Rio 2022”, que ocorreu por meio de uma transmissão online e gratuita, é um exemplo de como a tecnologia conecta as pessoas unindo os espaços físico e digital. As palestras e todo conteúdo permanecem disponíveis, até dia 30 de junho, exclusivamente no site https://evento.futurorio.com.br/ .
Os debates realizados envolveram as questões relativas de como os ambientes e empresas tiveram que se ajustar à aceleração e modificaram sua rotina por meio do home office, do metaverso, da realidade virtual, do NFT e outras implementações necessárias para juntar o físico ao digital. Diante da tendência e novas configurações de inserção da tecnologia, que ocorrem de forma imutável e progressiva, a conferência “.Futuro | Rio 2022” apresentou ideias e conversas de como pais, mães, amigos, colaboradores, gestores, diretores, entre outros, podem se adaptar e entender os impactos do avanço da Era Digital.
Confira os principais temas e pontos debatidos durante a conferência “.Futuro | Rio 2022”:
Como responder às demandas dos clientes?
Ao observar as mudanças de comportamentos dos consumidores, as empresas foram desafiadas a atender a demanda e garantir a experiência do público. Segundo a empresa americana A.T. Kearney, as próximas gerações terão relações muito mais íntimas com os meios digitais. Suas pesquisas revelam que, em 2027, serão mais de 300 bilhões de interações e 58% delas serão respondidas em menos de um minuto. Consequentemente, se manter online é uma obrigação para as empresas que querem se manter relevantes. Para lidar com a velocidade e diversidade de demandas do público, as organizações precisam observar e criar tanto no universo físico como no
digital.
No evento, os palestrantes Gabriel Menezes, Senior Manager Ecommerce da Coca-Cola; Clarissa Biolchini, designer com foco em Design de Serviço e experiência do usuário e Ilan Israel, General Manager do James Delivery concordaram que é impossível conhecer todas as ânsias do público e a construção das empresas é fruto de erros e acertos. “Parte a gente conhece e é organizado, a outra parte a gente desconhece. É uma exploração que tem que fazer. É criar um ecossistema de informações com parcerias, plataformas e dados”,
comenta Menezes sobre as pesquisas de público.
Outra transformação dentro das empresas são os novos cargos profissionais. A união de uma sociedade acelerada às inovações tecnológicas progressivas resulta em novos produtos para atrair e atender às demandas. NFT, metaverso e inteligência artificial são mecanismos já implementados que precisam de profissionais especializados para seu gerenciamento.
Os novos formatos para os trabalhadores digitais
A aceleração moderna também exige que os colaboradores se aperfeiçoem. Entretanto, o simples fornecimento de ferramentas não é suficiente, visto que é preciso ensino e adaptação por parte dos envolvidos. A capacitação dos profissionais foi um dos destaques da conferência “.Futuro | Rio 2022”. Sem o contato físico, principalmente durante a pandemia, as pessoas enfrentaram a necessidade de manter as interações e experiências por meio do mundo digital. Outras questões debatidas foram como implementar, manter a cultura, atrair e formar talentos e gerir comunidade.
Entre os destaques foi apresentada a experiência do Porto Maravalley, polo para startups e empresas de tecnologia na zona portuária do Rio de Janeiro. O hub de inovação contará com a atuação direta do IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) para a formação de profissionais capacitados na área de ciências exatas. Rodrigo Stallone, CEO da Invest.Rio responsável pelo Porto Maravalley, destacou a parceria como incentivo aos empreendedores e a formação de trabalhadores para o amanhã. Os futuros profissionais sairão para o mercado inseridos na lógica phygital. “A gente quer justamente unir a educação e inovação porque acreditamos que juntos podem vir a
trazer grandes frutos e soluções para a nossa cidade. Vamos unir a melhor educação, os maiores investidores, os empreendedores mais cariocas e a tecnologia mais avançada”.
Já a Petrobras apresentou o projeto que auxilia os trabalhadores nas plataformas de petróleo. A realidade mista (termo que designa a mistura dos ambientes virtual e real) contempla a utilização de um óculos de realidade mista que permite a assistência de terceiros que estão em localidades distintas. Outra iniciativa exibida durante o evento foi o metaverso da Petrobras. As reuniões ocorrem no metaverso 2D, versão mais simplificada, mas que permite interações descontraídas.
Outras profissões também se aperfeiçoaram para o equilíbrio entre o mundo físico e o virtual. A artista Tais Koshino migrou para as plataformas online e criou obras digitais, como o NFT. Na conferência, ela discutiu a questão da arte na modernidade digital e suas experiências como artista dos dois mundos.
Tecnologia a nosso favor
O desenvolvimento tecnológico é um processo irreversível e, com isso, a principal questão é saber usar de maneira efetiva. A conversa entre Danilo Garbazza Vieira, gerente da Universidade Petrobras; Milene Cardoso, CMO da Le Wagon, e Maria Paula Gonçalves, diretora de RH da Rede Globo, mostrou que a junção do físico e do digital requer o equilíbrio entre as equipes e as ferramentas digitais.
Usar a tecnologia como suporte e não como ferramenta principal também foi assunto do André Miceli, CEO e editor-chefe da MIT Technology Review. Na conferência online, os termos inovação e tecnologia foram usados como exemplo para demonstrar que a existência de um nem sempre depende do outro. O MIT analisa a inovação sob quatro perspectivas: gestão, produtos/serviços, marketing e processos. “É claro que você pode utilizar as ferramentas tecnológicas para implementar métodos ágeis. É claro que a tecnologia pode te dar suporte a inovação, mas você pode usar métodos ágeis sem usar a tecnologia nesse processo” afirma Miceli.
O Rio de Janeiro é a cidade que quer usufruir das tecnologias para inovar. Por isso, vem implementando estratégias para ser uma smart city (cidade inteligente). Na conferência, Tony Chalita, secretário Municipal de Governo e Integridade do Rio de Janeiro, apresentou diversos projetos da Prefeitura do Rio que utilizam plataformas tecnológicas como ferramenta de execução de políticas públicas.
Agenda:
6ª edição da conferência “.Futuro I Rio 2022”
Quando: disponível até 30 de junho
Onde: https://evento.futurorio.com.br/
Evento gratuito