O que seria da população sem o e-commerce? Tem sido muito difícil viver sem. O e-commerce deve
chegar na casa dos R$ 111 bilhões em 2020, de acordo com pesquisa da Kearney,
consultoria de gestão estratégica. Os 200 maiores sites de e-commerce do
Brasil tiveram em julho, 1,29 bilhões de acessos, de acordo com a Conversion,
consultoria especializada em marketing e comércio eletrônico, fazendo
com tivesse um crescimento de 25% e julho fosse o 3º. melhor mês na história do
e-commerce. O ano também trouxe a primeira experiência de compras eletrônicas
para 13% dos brasileiros, de acordo com relatório feito pela Nielsen, Comscore,
Global Web Index, Kantar e MindMiners.
É claro que quarentena alterou profundamente os hábitos do
consumidor brasileiro. Com as medidas de isolamento social, o consumo foi realizado
através de transações eletrônicas. Além disso, a pandemia fez com que muitas
empresas agilizassem seus processos de digitalização, porque as lojas estavam
fechadas, mas o desejo de consumo e a necessidade de alguns produtos permaneceram, e as empresas precisavam gerar receita.
De acordo com os dados da Compre & Confie, publicados
na E-Commerce Brasil, estas foram as categorias que mais cresceram no
período de abril 2019 a abril de 2020: Alimentos e Bebidas
(+ 295% ); Instrumentos
Musicais (+252,4%); Brinquedos (+242%); Eletrônicos (+169%); Cama, Mesa e Banho
(+166%).
É válida a discussão sobre a abertura geral do comércio e os
números nefastos da pandemia. Eu acredito no #fiqueemcasa, mas a cabeça começa
a pirar, então cometi um pequeno delito
neste fim de semana: munida de duas máscaras, óculos que insistiam em ficar
embaçados e com várias camadas de roupa, me atrevi a visitar um shopping.
Domingo à tarde, a cena é bem diferente do período
pré-pandemia e não podia ser diferente, estacionamento quase vazio, poucas
pessoas circulando, algumas visitando lojas, com “liquidações” tímidas
(leia-se, o preço não mudou), enfim, um outro universo, mas não sei o
e-commerce pode substituir a alegria da gente comer uma coxinha crocante, uma
sobremesa ali, um café do outro lado….e pronto, desejos realizados! No
cardápio, algumas comprinhas rápidas para evitar filas – não foi o caso, o movimento
estava bem tranquilo. Acho que as pessoas estavam fazendo compras em casa! Viva
o e-commerce!
Quem pode trazer esta experiência de consumo de forma tão divertida?
A verdade é que nem sempre a gente quer comprar produtos: a gente quer sair, ver gente,
passear, olhar vitrines, tomar um café e perceber que aos poucos a vida vai voltando
ao normal e isto não tem preço!
Gladis Costa
Abraços