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A classe C descobre o crédito



O bom momento econômico do Brasil faz com que as empresas ofereçam cada vez mais produtos e opções de compra, à vista ou parceladas, para uma classe C ávida por novidades. Móveis, eletrodomésticos e também aquisição de serviços, como restaurantes, universidades e salões de beleza já fazem parte da realidade desses consumidores. De acordo com Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, a nova classe média brasileira se descobriu no crédito e percebeu que, com planejamento, é possível alcançar as metas estabelecidas. “O consumidor precisa de possibilidades para escolher a que melhor se adéqua ao seu bolso. Às vezes prefere dar uma entrada maior e reduzir as parcelas posteriores.” ilustra.


Mas, diante dessa realidade, Meirelles alerta para a geração de dívidas e o controle necessário para que não se acumulem. “A euforia inicial pode ter contribuído para que parte dessas pessoas se endividasse. Mas com o tempo, algumas têm aprendido a usar o crédito e a administrá-lo ao seu favor. Geralmente estabelecem prioridades e apenas quando são quitadas, criam novas dívidas. As empresas poderiam ajudar com bons descontos no pagamento à vista, parcelas mais enxutas, e oferecer orientação de uso ao crédito, pois é uma forma de manter um cliente cativo”, recomenda.


O diretor também chama a atenção para as medidas preventivas que as empresas devem tomar ao disponibilizar crédito à classe C. “Os cuidados devem ser os mesmos para conceder crédito as classes A e B, mas com muito mais possibilidades de pagamento e se possível, criar um setor para esclarecimentos e dúvidas em relação ao crédito” sugere, e complementa: “não basta oferecer crédito, mas também oferecer orientação. Não basta ensinar a comprar bem, mas a comprar sempre”, ressalta. 


Dentre os diferentes setores do mercado, o diretor do Data Popular cita o de serviços como o mais beneficiado e principal foco do consumo compulsivo da nova classe média. “Universidades já ganham parte desta fatia, assim como os restaurantes, que pegam as mulheres da classe C que ingressaram no mercado de trabalho formal e que não têm mais tempo pra comer em casa”, observa. 


Meirelles finaliza analisando o momento favorável da economia brasileira, vislumbrando uma continuidade dessa perspectiva e a ascensão no mercado de uma nova classe com status de consumidora efetiva. “Acredito que os empresários devem se preparar não apenas para a classe C, mas também para a classe D que já começa a despontar como consumidor em potencial.  O momento favorável deve continuar se estendendo ao ponto de extinguirmos a classe E”, aposta. 

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