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A mudança é gradual

A nova fase do cadastro positivo tem uma novidade: agora é pra valer. Os bancos tiveram uma data para organizarem seus sistemas e a parte operacional , assim como todos os testes, na parte de envio de base de dados e, confirmação das autorizações.  Agora o cidadão comum pode solicitar a participação no banco de dados. Porém, como avalia o diretor da Boa Vista Serviços, Leonardo Soares, as mudanças na cultura de consumo dos brasileiros não se darão do dia para a noite. “Vai levar um tempo para isso acontecer, mas tudo começa com o consumidor, ou, a empresa, que devem autorizar a participação no cadastro, é o que o mercado chama de opt-in”, diz Soares. 
Traçando um comparativo com países que já adotaram o banco de dados muito antes que o Brasil, como exemplo, os Estados Unidos, o executivo esclarece que a mudança na cultura brasileira de consumo, agora com o Cadastro Positivo, ainda enfrentará etapas burocráticas.  “Aqui no Brasil, para que a informação possa ser enviada aos gestores de bancos de dados, é necessário, antes de tudo, que os consumidores ou as empresas autorizem a sua participação no cadastro”, diz. “Nos Estados Unidos, por exemplo, todo mundo, por definição, já participa do cadastro. Na medida em que há transações creditícias, as informações já são reportadas automaticamente para os cadastros”, completa.  
É exatamente este tempo que as instituições necessitam, para se alinharem com as normas do Cadastro Positivo, que Soares encara como o grande desafio das empresas de concessão de crédito. “A legislação brasileira é relativamente moderna, mas em função disto ela traz uma preocupação muito grande com a privacidade das informações e, com o direito do consumidor e das empresas”, esclarece. “Na medida em que o consumidor pode sair do cadastro quando quiser, pode bloquear a consulta de determinadas instituições às suas informações etc., isto acaba trazendo o desafio de que não será tão rápida a implantação do cadastro positivo no país”, completa. 
De acordo com Soares, todo este movimento de autorização e de adaptação ao mercado – visto que não são só as instituições financeiras são as que participam do Cadastro Positivo, mas também as empresas de serviços continuados, bem como as empresas de serviços, principalmente, os varejistas que vendem no crediário -, será um desafio que o mercado de crédito deverá gerir com maestria para obter retorno, de fato, com o banco de dados.  “Vai levar um tempo para outros segmentos se organizarem e a gente ter um volume razoável de autorizações das empresas e dos consumidores”, evidencia. 

Os maiores beneficiados 
Com o objetivo de beneficiar os bons pagadores, o Cadastro Positivo terá maior impacto nas classes C, D e E, como avalia Soares. “Já que nestas classes a oferta existe, porém é feita de maneira mais cautelosa se comparada às classes A, B”, enfatiza. Sem dúvidas, as perspectivas são mais otimistas às camadas sociais menos abastadas, uma vez que os consumidores com alta renda já encontram um mercado com competição acirrada em direção a eles.
  

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