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A ótica sustentável no crédito e na cobrança



Diante dos constantes problemas ambientais e do impacto dessa realidade no cotidiano mundial, a questão da sustentabilidade não pode ser mais ignorada, e se torna cada vez mais presente, inclusive, no momento de realizar um planejamento financeiro ou, ainda, fechar um negócio. De acordo com Roberto Dumas, gerente de Avaliação de Risco Socioambiental do Itaú BBA – braço de atacado, investimentos e tesouraria da holding Itaú Unibanco, que trabalha com clientes por toda a América Latina com faturamento acima de US$100 milhões, “bancos que não levam esta variável em consideração, ignoram algo que já está no centro da gestão de risco a financiamentos e impactam na sustentabilidade da organização financeira e em sua reputação”, evidencia.


Seguindo a tendência sustentável, muitos bancos e empresas de crédito e cobrança já não aprovam crédito, não participam de financiamentos ou não negociam sem levarem em consideração uma gestão socioambiental do cliente, como explica Roberto Dumas ao falar do caso do Itaú BBA. “A sustentabilidade pesa, sim, no momento da negociação. Evitamos negociar com clientes ou participar do financiamento de projetos que não seguirem os padrões de exigência do banco, o que inclui os critérios sugeridos pelos Princípios do Equador, que asseguram que os projetos financiados sejam desenvolvidos de forma socialmente e ambientalmente responsável”, enfatiza.


Ainda no que envolve a negociação, Dumas enfatiza que, antes de aprovar, ou não, o financiamento de um projeto os bancos devem manter o foco na identificação e na mitigação do risco socioambiental inerente aos projetos que financia, explica.Para que um negócio seja concluído, um projeto financiado, e que as partes envolvidas fiquem satisfeitas, Roberto dá a dica a ser seguida pelos solicitantes. “Um cliente que tenha boas práticas de gestão socioambiental – respeito ao meio ambiente, boas práticas em relacionamento com comunidades, na saúde e segurança no trabalho -, está olhando o seu negócio como um todo e não apenas focando retorno a curto prazo”, ilustra. 


Ao se tratar especificamente de crédito sustentável, o executivo faz projeções boas para o segmento. “No que tange ao crédito voltado a grandes empresas, é crescente o número de linhas oferecidas por agências multilaterais, como BID e IFC, por exemplo, para projetos em energia limpa e tecnologias menos poluentes. Avaliamos que é um caminho sem retorno e que cada vez mais os stakeholders estarão envolvidos em todo o processo de financiamento a projetos, como investidores, clientes e o público em geral” vislumbra.

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