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Alternativa própria

Com todas as carteiras de crédito limitadas, devido à recessão enfrentada pelo País, alguns setores que foram beneficiados com a abundância nos últimos anos, tiveram que buscar alternativas para manter seu negócio aquecido. Exemplo disso é o mercado imobiliário, que teve um forte incentivo financeiro, mas sofreu com a queda bruta e a chamada “bolha imobiliária”. Dessa forma, por mais que os consumidores ainda desejem realizar o sonho da casa própria e o preço ofertado tenha diminuído, o crédito restrito dificulta a situação. Observando esse cenário, muitas construtoras estão oferecendo financiamento próprio para os compradores interessados.
Entretanto, Lúcio de Queiroz Delfino, diretor presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), apresenta que, em geral, as taxas e juros desse tipo de financiamento são maiores do que as apresentadas pelas instituições financeiras. “Além disso, alguns contratos não são de compra e venda com financiamento, mas sim de promessa de compra e venda parcelada (a escritura é outorgada após a quitação integral das parcelas)”, pontua. Essas diferenças denotam que a modalidade de financiamento com a construtora foi criada para suprir a participação das instituições financeiras.
Quanto à inadimplência, ela é maior para esse tipo de financiamento do que os demais, visto que os juros e índices de correção monetária são maiores que o SFH. Além disso, as prestações tendem a aumentar no decorrer dos anos, não há possibilidade de pagamento de parte das prestações com o FGTS e em caso de morte ou invalidez permanente do comprador, não existe cobertura securitária, explica Delfino.  “O ideal é optar pelo financiamento direto com a construtora como uma alternativa temporária, isto é, utilizar esse financiamento somente no período em que o comprador não tem condições de fazer o financiamento bancário”, aconselha.

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Alternativa própria

Com a recessão na economia brasileira e o aumento dos níveis de inadimplência dos mutuários, instituições financeiras passaram a restringir a concessão de crédito imobiliário. Para tentar frear o desaquecimento do mercado imobiliário, construtoras têm buscado facilitar as condições de pagamento para compra do imóvel. No entanto, antes de optar por esta solução, é preciso entender quais são as diferenças entre o financiamento por meio das diversas instituições financeiras existentes no mercado e aquele que é realizado diretamente com a construtora, como aponta especialista da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH).
O diretor executivo do escritório de representação da ABMH em São Paulo, Alexandre Naves Soares, informa que, com relação aos bancos, a Caixa e o Banco do Brasil são as únicas instituições financeiras que operam com linhas do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). “Fora isso, pelo menos a princípio, não há diferença entre a CEF, o Banco do Brasil e outros bancos. Cabe ao interessado verificar qual instituição financeira apresenta as melhores condições. Via de regra, o financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) traz as melhores condições, seja concedido pela CEF, pelo Banco do Brasil ou qualquer outro banco que opere com esses recursos.”
Isto porque, pelo SFH, é obrigatório o seguro da dívida por morte ou invalidez permanente do mutuário, a taxa de juros é limitada em 12% ao ano e há possibilidade de utilização do FGTS para pagamento de parte das prestações, quitação ou amortização do saldo devedor. “Além disso, pelo SFH, o índice de correção monetária utilizado é a TR, que fica em torno de um terço do IGP-M ou INCC ou INPC (utilizado principalmente por construtoras, mas que podem ser empregado em outras linhas de financiamentos)”, informa Alexandre Soares.
Quanto à construtora, o consultor jurídico da ABMH em Sorocaba, Ricardo Pereira Chiaraba diz que, geralmente, se trata de financiamento próprio, cujas taxas de juros são maiores. Há, ainda, o fato de que, enquanto no financiamento bancário as prestações diminuem ao longo dos anos, com a construtora as parcelas podem aumentar, dependendo da modalidade do financiamento. “É necessário observar, também, que alguns contratos não são de compra e venda com financiamento, mas sim de promessa de compra e venda parcelada (a escritura é outorgada após a quitação integral das parcelas), em que as prestações aumentam no decorrer dos anos, de acordo com a taxa de juros e com o índice de correção monetária aplicados. Nessa hipótese, a prestação pode dobrar a cada cinco anos”, alerta.
Apesar disso, para quem não tem condições de recorrer a um banco agora, o conselho de Ricardo Chiaraba é optar pelo financiamento direto como uma alternativa temporária. Ao fechar o negócio, antes de assinar o contrato, é muito importante consultar um especialista, principalmente para obter orientações sobre qual o sistema de amortização utilizado e como isso vai impactar nas prestações. “Ou seja, é preciso saber se a prestação vai diminuir ou aumentar ao longo dos anos, e – na hipótese de aumento – qual será a variação desta parcela. Outro ponto a ser levado em consideração é sobre a possibilidade de quitar o financiamento com a construtora por meio de um financiamento bancário ou consórcio imobiliário. É bom que o contrato traga essa opção.”
Com relação ao percentual máximo de financiamento, ele varia de acordo com os critérios da incorporadora, podendo chegar a 100%, especialmente no caso de imóvel na planta, em construção ou lote. “Mas é necessário ter em mente que o consumidor se tornará proprietário pleno do imóvel somente após a quitação integral do preço da compra e venda. Até que isso aconteça, ele terá somente a posse. Por esse motivo, ao invés de optar por reformas e melhorias, o ideal é focar na quitação do financiamento o mais rápido possível, e só depois incrementar a unidade habitacional”, acrescenta Ricardo Chiaraba.

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