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Ano complicado para os brasileiros

Para quase a metade dos brasileiros, 2015 deve ser um ano difícil no cenário econômico. É o que mostra pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em conjunto com o portal Meu Bolso Feliz, onde é verificada a percepção e expectativas dos consumidores em relação à situação atual da economia e sobre os impactos no consumo e tomada de crédito. O estudo revela que 47% dos entrevistados esperam uma situação pior em comparação com o ano passado, principalmente entre as classes A e B e pessoas – que possuem maior escolaridade.
Os dados também mostram que, para os consumidores, as consequências diretas do cenário econômico atual são a restrição ao consumo e a redução das compras parceladas.
53% dos brasileiros acreditam que entre os principais desdobramentos da piora do cenário econômico atual está a diminuição de compras parceladas. De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, essa impressão generalizada de que a economia está piorando é apenas reflexo da realidade. “A inflação cada vez mais alta, aliada às taxas de juros elevadas, faz com que os consumidores pisem no freio na hora de consumir. Fazer transações com o valor dividido mantém a dívida e o comprometimento da renda por meses. O melhor jeito encontrado pelos consumidores para evitar isso é a diminuição nas compras a prazo.”
De acordo com os dados levantados, um terço (34%) avalia de forma negativa o acesso ao crédito. Praticamente quatro em cada dez (37%) consumidores dizem sentir dificuldades em usufruir de alguma forma de pagamento – sobretudo no caso do cheque pré-datado. Foi investigado na pesquisa que quando essa dificuldade aparece, 37% dos entrevistados desistem da compra e 30% fazem o pagamento à vista. A maioria dos consumidores (66%) revela já ter recebido ofertas para pagar compras à vista em dinheiro.
“Com o acesso ao crédito mais difícil, a perda de vendas dos lojistas pode chegar a 45% das compras, entre aqueles que encontram dificuldades no uso de cartão de crédito, crediário, cheque pré-datado ou na obtenção de financiamento. Isso porque muitos consumidores deixam de lado alguns produtos que a princípio tinham intenção de comprar”, analisa Marcela.
Outro dado identificado no estudo é a percepção de que as taxas de juros cobradas em 2015 estão maiores que no ano passado para 57% dos consumidores, principalmente entre os homens e pessoas das classes A e B, e com maior escolaridade. Também é expressivo o percentual daqueles que não sabem responder a respeito – 33% dos entrevistados. “Isso representa uma grande parte dos consumidores que não tem muita noção de como a economia está e desconhecem as taxas cobradas no dia a dia”, conclui Marcela.

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