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Ano difícil para o crédito

Em fevereiro de 2015, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somou R$ 6,45 bilhões, caindo quase 27% em relação a fevereiro de 2014. Comparado a janeiro, o recuo foi de 29,4%. Há várias explicações para o fato, como o menor número de dias úteis devido ao Carnaval, a desaceleração da atividade imobiliária decorrente do menor dinamismo da economia doméstica, e a tendência de evolução lenta do crédito registrada pelo Banco Central. Ainda assim, em valores nominais, registrou-se o segundo melhor mês do crédito imobiliário entre os meses de fevereiro da série histórica iniciada em 1995.
No primeiro bimestre, foram destinados R$ 15,6 bilhões para a aquisição e construção de imóveis, resultado 8,2% inferior ao de igual período do ano passado. Nos últimos 12 meses, até fevereiro, o montante destinado à aquisição e construção de imóveis foi de R$ 111,5 bilhões, resultado 1,9% inferior ao apurado nos 12 meses anteriores.
Em termos de quantidade, foram financiadas aquisições e construções de 28,9 mil imóveis em fevereiro, registrando recuo de 37,7% em relação a fevereiro do ano passado. Esse resultado foi o quinto melhor entre os meses de fevereiro na série histórica. No bimestre, os financiamentos imobiliários contemplaram 72,6 mil imóveis, 15,9% menos do que no primeiro bimestre de 2014. Tomando um período mais dilatado, nos últimos 12 meses – entre março do ano passado e fevereiro deste ano – foram financiados 524,6 mil imóveis, resultado 4,8% inferior ao registrado nos 12 meses anteriores.
Já as cadernetas de poupança dos agentes financeiros do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) registraram saídas líquidas de R$ 4,87 bilhões em fevereiro. A elevação da inflação e a alta dos juros básicos (Selic) têm como efeito imediato a redução da renda disponível da população que, em outros momentos, tem uma parte alocada para as aplicações nas cadernetas.
Nota-se que a elevação da taxa Selic também provoca redução da competitividade da poupança em relação aos demais ativos financeiros. Além do mais, ao contrário do que ocorreu em 2014, o feriado de Carnaval, em fevereiro, contribuiu para elevar os gastos do poupador tradicional. No primeiro bimestre, a captação líquida das cadernetas foi negativa em R$ 9,3 bilhões.
Por fim, apesar de uma conjuntura econômica desfavorável, com inflação e juros em alta, o volume total de recursos aplicados na caderneta registrou elevação de 9% comparativamente ao saldo de fevereiro do ano passado, encerrando o mês em R$ 518,7 bilhões.

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