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Com o crédito preso

A taxa Selic é um vocábulo cada vez mais presente na vida de muitos brasileiros, apesar de já ser um velho conhecido na área de economia. Isso ocorreu devido à diminuição do poder de compra da população com o aumento da taxa que dá a base para os juros bancários, influindo diretamente nas linhas de crédito – queridinha dos consumidores nos últimos anos. Este cenário é reflexo da estagnação econômica que assola o País e foi uma medida governamental para tentar brecar a inflação. Com isso, fica reforçada a ideia de que 2015 será um ano difícil para as concessionárias de crédito, visto que a previsão é de desaquecimento do setor. Por outro lado, traz oportunidades ao mercado de cobrança, pois a inadimplência pode subir.
Na avaliação de Marcel Domingos Solimeo, economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a probabilidade de aumento da inadimplência é grande porque o desemprego deve aumentar ao longo do ano. “Embora o consumidor esteja mais cauteloso para se endividar, e as empresas também estejam cautelosas para conceder crédito, existe um grande estoque de pessoas com débitos a pagar – e se elas perderem o emprego, não conseguirão fazê-lo”, comenta.
Com isso, as concessionárias de crédito deverão ser mais exigentes em suas análises, bem como fornecerão prazos menores para pagamento. Afinal, a tendência esperada pelo mercado é de uma nova alta da taxa ainda este ano. Para tanto, algumas medidas podem ser tomadas na tentativa de manter o mercado aquecido. “Uma das alternativas é procurar nichos específicos de mercado, ou seja, além de colocar as linhas com garantias, associar o crédito a produtos que ainda apresentam expansão das vendas, como os de informática e comunicação”, conclui Solimeo.

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