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Esperar ou não?

Na hora de adquirir um bem, é possível recorrer tanto ao consórcio ou ao financiamento, dependendo das condições de cada pessoa. A principal diferença entre as duas opções, segundo Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, Anefac, diz respeito ao tempo de entrega do bem adquirido. “No financiamento o consumidor já sai morando, diferentemente do consórcio que o consumidor tem que ser sorteado, seja por lance, seja pelo sorteio”, afirma o executivo.
Levando em conta a compra de um imóvel, por exemplo, para aquele que não tem pressa, pode recorrer ao consórcio. “Ele terá de ser sorteado, e isto pode demorar algum tempo”, diz. O executivo acrescenta que o consórcio é bom para o consumidor que não é regrado, que não possui valor para dar de entrada em um financiamento, já que o consórcio não exige entrada. “É indicado, também, para quem já possui um imóvel financiado e, portanto, não conseguiria fazer outro financiamento; para jovens que moram com os pais e com isso estariam adquirindo a compra de seu imóvel futuro para depois ter a sua independência ou para quem busca um imóvel para investir”, completa.
Ainda sobre o exemplo da compra de um imóvel, o executivo faz uma simulação. Segundo ele, hoje, no caso do consórcio de imóveis, é cobrada uma taxa de administração de 10% diluída por todo o prazo de 120 meses, mais a variação do Índice Nacional da Construção Civil, INCC. “Assim sendo, considerando aqui um financiamento de um imóvel de R$ 500.000,00 por 120 meses teríamos no sistema de consórcio um custo de 17% diluído pelo período mais um INCC de 5% ao ano; no financiamento bancário um custo de 11% ao ano, em média”, afirma.
Na simulação, segundo o executivo, a prestação inicial do financiamento, fica em torno de R$ 8.750,00, e prestação final R$ 3.983,90, registrando um total pago de R$ 772.374,29. Em um consórcio, a prestação inicial fica de R$ 4.875,00, prestação final de R$ 7.562,73, e um total de R$ 735.806,93. “A economia do consorcio na prestação mensal é de R$ 3.875,00, e a economia do consorcio no total do financiamento – R$ 36.567,36”, explica.
De qualquer forma, tanto para o consórcio como para o financiamento, é preciso que o consumidor interessado em fazer negócio, faça um planejamento financeiro, segundo Oliveira. “O ideal é fazer um orçamento doméstico de forma a enquadrar todas as suas despesas dentro do que ganha. Ou seja, não gastar mais do que ganha e, preferencialmente, fazer uma reserva financeira para as emergências (guardar mensalmente 10% de seu salário)”, conclui.

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