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Idosos estão mais inadimplentes

Os dados apurados pela Serasa Experian em julho de 2018 revelam um comportamento de inadimplência entre os idosos muito diferente do padrão de dívidas em atraso que prevalece entre os adultos mais jovens no país. Os compromissos que os brasileiros acima de 61 anos mais deixaram de pagar são as contas básicas de água, energia e gás (34,30%), sendo que esse débito no índice geral da população corresponde a 19,40% do total, uma diferença de 14,9 pontos percentuais.
Na sequência da composição dos orçamentos dos idosos que operavam no vermelho, no sétimo mês deste ano, aparecem as pendências com bancos e cartões (27,80%), telefonia (10,70%), financeiras e leasing (9,00%), varejo (7,40%) e serviços (6,00%). Já o perfil médio dos inadimplentes no Brasil aponta que a maior parte das dívidas em aberto se concentram junto a bancos e cartões (28,50%) e na continuidade figuram as contas básicas (19,40%), varejo (12,60%), telefonia (11,60%), serviços (10,40%) e financeiras e leasing (10,00%).
A Serasa Experian indica também que o mês de julho contabilizou 8,8 milhões de idosos que deixaram de pagar em dia seus compromissos – aumento de 10% em relação ao apurado no período correspondente do ano passado (8 milhões). O valor do montante de contas em atraso entres os inadimplentes na faixa etária acima de 61 anos também subiu, e atingiu R$ 41,1 bilhões. Isso resulta em uma dívida média de R$ 4.668,00 por idoso. Apesar de não ser a mais elevada entre as faixas etárias, a inadimplência entre os idosos foi a que mais cresceu nos últimos dois anos. Do total de pessoas no país com mais de 61 anos, 35,1% delas estavam com o orçamento no vermelho em julho de 2018 – uma evolução de 2,6 pontos percentuais frente ao resultado de julho/2016.
Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, o comportamento que predomina entre os idosos na hora de buscar crédito e a consequente condição de inadimplência observada entre esse segmento da população refletem o impacto da crise econômica no bolso do brasileiro. Diante da reversão da recessão em ritmo mais lento do que o esperado, um número maior de aposentados ou pensionistas com mais de 61 anos passou a ajudar o orçamento de suas famílias, ao usar empréstimos consignados. A consequente redução da renda, comprometida com esse tipo de dívida, leva o idoso a abrir mão da regularidade no pagamento de outras despesas fixas do mês – como as contas de luz, água e gás.

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