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Mais PJs devedoras

Com a situação econômica ainda ruim, as
empresas também seguem prejudicadas pela crise. Segundo o indicador de
inadimplência de pessoas jurídicas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC
Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o número de
empresas devedoras aumentou 13,96% em abril nas quatro regiões pesquisadas –
Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul -, em relação ao mesmo mês do ano passado.
Os dados do Sudeste não foram considerados devido à Lei Estadual nº 15.659 que
vigora no estado de São Paulo e dificulta a negativação de pessoas físicas e
jurídicas no estado.

“Há mais de um ano o país enfrenta uma
crise econômica que afetou o desempenho das empresas e comprometeu sua
capacidade de quitar dívidas, mesmo num ambiente de crédito mais restrito”,
afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. O avanço do número de empresas
listadas nos cadastros de devedores de pessoas jurídicas acelera desde janeiro
de 2015, mas em março deste ano, começou a mostrar moderação, embora a taxa de
crescimento, tanto das dívidas como do número de empresas, ainda seja elevada. 

Nordeste lidera crescimento no número de endividados

Entre as quatro regiões analisadas, o
Nordeste foi a que apresentou a maior variação no número de empresas com o CNPJ
registrado nas listas de negativados: um avanço anual de 15,58%. A região
concentra um quinto do total de empresas negativadas.

No Centro Oeste, a inadimplência de
pessoas jurídicas também registrou forte avanço, crescendo 14,61% na comparação
entre abril e o mesmo mês do ano anterior. As regiões Norte e Sul apresentaram
variações menores do número de devedores mas, ainda assim, os números são
expressivos: 13,55% e 11,89%, respectivamente.

Para a economista-chefe do SPC Brasil,
Marcela Kawauti, o crescimento dessas taxas em apenas um ano demonstra o quanto
o aprofundamento da recessão afetou as empresas. “Ao longo do ano passado, a
economia brasileira deteriorou-se rapidamente e impactou a renda das famílias e
o faturamento das empresas. A alta da inadimplência observada entre as
empresas, e também pessoas físicas, é um duro reflexo desse cenário que limita
o crédito e engessa o crescimento das pessoas jurídicas”, explica a economista. 

Setor de Serviços engloba maior parte das dívidas pendentes

O setor credor de Serviços, que engloba
os bancos e financeiras, lidera a participação no total de dívidas em atraso
das empresas em todas as regiões pesquisadas, ou seja, para quem as empresas
estão devendo. Nas quatro regiões analisadas, o setor concentra mais da metade
das dívidas, sendo que no Sul a parcela corresponde a 71,99%. O segundo maior
credor em todas as regiões analisadas é o setor de Comércio.

Considerando o total de dívidas em
atraso pendentes das empresas, englobando os segmentos de serviços, indústria,
comércio, agricultura e outros setores, o destaque também fica no Nordeste: um
aumento de 19,25% na comparação entre abril de 2016 e o mesmo mês do ano
anterior. Na região Centro-Oeste, o crescimento do número de dívidas de pessoas
jurídicas também foi alto, de 17,05% e, com variação menor, aparecem o Norte
(16,99%) e o Sul (15,32%).

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