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O ano de 2015 trouxe muitos desafios para os brasileiros. Todos os setores da economia, de uma forma ou outra, foram impactados. O mercado de crédito e cobrança também sentiu os efeitos da crise econômica, enfrentando problemas ao longo do ano. Agora que de certa forma já era previsto desde o ano passado, como comenta Emilio “Pitico” Vieira Neto, diretor da Enterprise Global. “Especialistas de mercado já projetavam no final de 2014 que o quadro sócio-econômico-financeiro de 2015 apresentaria um estado negativo e que iríamos atravessar um delicado período de recessão e instabilidade em todos os segmentos de negócio e indústria e, também, no âmbito político”, afirma.
E assim foi. Muitos fatores levaram o mercado a passar por dificuldades esse ano, sendo que alguns fatores específicos agravaram a situação. O sócio diretor da Cesec, Hiran Leão Duarte, cita três que considera os principais motivos para as dificuldades enfrentadas: a crise política e econômica, a paralisação da oferta de crédito e o aumento da carga tributária. Juntos, esses fatores levaram o mercado a enfrentar problemas com os quais já não se deparava há algum tempo.
Inclusive, se engana quem acredita que esse cenário, com o aumento da inadimplência, foi positivo para as empresas de cobrança. O diretor executivo da Safemoney, Diogenes Barbosa, explica que a crise afeta a renda dos potenciais pagadores. “Foi um ano em que tivemos que trabalhar arduamente para não afetar drasticamente os resultados”, diz. Ele explica que a crise diminuiu os recursos financeiros dos consumidores, afetando diretamente a intenção de pagar as dívidas em atraso, o que dificultou o trabalho das recuperadoras. “Sem perspectiva de geração de recursos, a negociação com os devedores fica difícil”, completa. Apesar das dificuldades, ele conta que a Safemoney teve um bom ano. “Houve um crescimento orgânico na ordem de 38% acima da previsão”, comenta Barbosa. “Trabalhamos muito na redução de custos e melhoria continua dos processos, além do incremento de novos clientes em nossa carteira”, completa o executivo.
No entanto, por um lado, a crise levou as empresas a saírem da zona de conforto, o que pode ser encarado positivamente. “A situação de crise, não pode ser vista apenas negativamente. Temos oportunidades de analisar e reestruturar processos. No nosso caso, tivemos que procurar equilíbrio necessário para atravessar a turbulência e saímos ilesos”, afirma Leão Duarte sobre a Cesec. O importante é não permanecer acomodado. “Em face dessa recessão, logo nos primeiros meses do ano, nós da Enterprise Global nos reunimos com o objetivo de apontar qual a direção que deveríamos seguir para se manter em crescimento no mercado e sofrer menos com a crise”, comenta Pitico.

EM CRESCIMENTO

Mesmo com o cenário de recessão, um segmento específico do mercado cresceu e se fortaleceu ainda mais este ano: as empresas de cobrança por aplicativos online. É o que afirma Diogenes Barbosa, diretor executivo da Safemoney, “essas empresas estão apostando na tendência que uma grande fatia dos devedores atualmente possui fácil acesso a internet, optem por negociar sem a interação de um cobrador convencional”, comenta o executivo.
Qual foi o maior desafio do mercado de crédito e cobrança em 2015? Deixe a sua opinião na enquete do Portal Crédito e Cobrança.

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