Para o Professor da Faculdade Fipecafi, George Sales, o índice deve se manter em 6,5%. “É importante lembrar que o resultado das eleições para presidência, no momento, não irá interferir diretamente no índice, uma vez que a Selic segue o regime de metas de inflação (IPCA), que se encontra dentro do centro da meta, devido à atividade econômica que ainda não está aquecida”, explica.
A Taxa Selic é utilizada para balizar as operações de captação de recursos e empréstimos no mercado financeiro como um todo. De acordo com o especialista, o impacto do índice reflete todos os setores da economia, como, por exemplo, nos casos dos investimentos, que afetam desde as poupanças, letras, certificados até os títulos emitidos por empresas não financeiras. Os empréstimos, por sua vez, são impactados, pois a taxa afeta os juros para pessoa física e jurídica.
Além disso, os investimentos também estão diretamente ligados à taxa Selic, isso porque quando a meta da taxa está acima de 8,5%, a poupança terá rendimento de Taxa Referencial (TR) + 0,5%. Quando a meta da taxa for menor ou igual a 8,5%, o rendimento será Taxa Referencial + 70% da meta da taxa Selic mensalizada. A Selic influencia, também, outras taxas, principalmente a taxa DI, muito utilizado pelas instituições financeiras.
Cartões de crédito, cheque especial, financiamento imobiliário e poupança, utilizadas pelo consumidor final, também são balizadas pela taxa Selic. “A oscilação de taxa básica de juros pode provocar recessão ou expansão da base monetária no país. Toda vez que há aumento da taxa Selic, há diminuição da base monetária em circulação (podendo gerar recessão) e toda vez que há queda da taxa de juros, há expansão da base monetária. Contudo, nos últimos meses não tem sido fácil provocar esses efeitos, dada a baixa atividade econômica do país e a retração do PIB, aliado aos altos índices de desemprego”, finaliza Sales.
