
Para o executivo, com a introdução dos dados da banda larga móvel, há possibilidade do País ultrapassar a meta de 10 milhões de acessos, estipulada para 2010. “A expectativa é que o País alcance 12 milhões de conexões fixas e 3 milhões de móveis, totalizando 15 milhões”, explica Pedro Ripper, presidente da Cisco.
O número de novos usuários em banda larga na faixa de até 256 kbps cresceu, em função do programa de vendas de computadores populares. No primeiro trimestre de 2007, o acesso nessa velocidade teve aumento de 34%. Porém, a faixa de velocidade com maior expansão foi a superior a 1 Mbps, com 28,1% de participação no mercado e crescimento de 2.368% de novos acessos, nos últimos dois anos. A faixa de 512 Kbps a 1Mbps apresenta 31,2% de participação. A fatia acima de 8 Mbps representa atualmente 0,2% do mercado.
“Os segmentos que mais se expandem são os de velocidades mais altas, revelando uma demanda crescente no mercado, impulsionada pela chegada da Web 2.0 e de ferramentas de colaboração. Isto aumenta a necessidade de banda, já que os usuários passam a ter acesso a mais aplicativos, como vídeo e música online”, afirma Ripper.
A distribuição dos acessos de banda larga por região geográfica não sofreu alterações. O estado de São Paulo continua sendo a região com maior consumo de tecnologia, com aproximadamente 40,2% e penetração sobre a população de 7,1%. “São Paulo também é o mercado que mais cresceu em número absoluto de assinantes, pela participação na venda de PCs e laptops. A expansão foi de 33,5% no número de assinantes em 2007”, explica Roberto Gutierrez, diretor de consultoria do IDC.
No Brasil, a penetração desse serviço ainda se encontra em cerca de 4% por cada 100 habitantes, índice que representa aproximadamente 13% de residências. O acesso residencial continua a ser o principal mercado consumidor de banda larga, responsável por 87% das conexões, com expansão de 31,1% em 2007. Já o segmento corporativo cresceu em ritmo mais baixo, com 13% do total de assinantes, com aumento de 26,5% em relação a 2006.
A configuração de tecnologias de acesso no mercado brasileiro reflete a disponibilidade de infra-estrutura de comunicação do País. O acesso via xDSL ainda equivale a 74% das conexões de banda larga. Já as soluções wireless e por satélite ainda são consideradas alternatvas para localidades não atendidas por redes de telefonia ou cabo. Com o desenvolvimento de recentes testes com o WiMAX, espera-se que o acesso sem fio se popularize a partir de 2008.