A Newsweek voltou a circular em edição impressa depois de mais de um ano em que circulou apenas em versão na web. Mas isso é notícia da outra semana, dirão os mais informados. É verdade. Mas esta semana a revista continuou em evidência. O problema é que foi pelo motivo errado. A revista tinha apostado em uma reportagem explosiva, que supostamente expunha a identidade do criador do bitcoin, com o objetivo de alavancar um projeto de recuperação da receita publicitária e, no final das contas, tudo o que conseguiu foi mostrar que não entende mais o mundo em que vivemos.
As revistas semanais, em crise no mundo inteiro, continuam apostando na estratégia de matérias de capa chamativas, quando não apelativas mesmo, para aumentar tiragens e vendas. Porque funcionava assim – e potenciais erros de avaliação, ou mesmo de postura, eram contestadas, na melhor das hipóteses, uma semana depois, em cartas que muitas vezes sequer eram publicadas.
Agora, a repercussão é imediata e uma multidão de blogueiros e comentaristas online começam a contestar as informações às vezes antes mesmo que a revista chegue às bancas (a Veja está vivendo isso: as matérias de capa começam a ser criticadas e contestadas na sexta à noite, quando começam a circular, sabe-se lá como, cópias digitalizadas das reportagens).
No caso da Newsweek, a revista tomou o cuidado de contratar para o trabalho Leah Goodman, experimentada repórter investigativa. Não adiantou. O suposto criador da moeda virtual, o engenheiro californiano Dorian Nakamoto, negou imediatamente a autoria e a matéria começou a ser contestada violentamente em blogs e nos comentários no site da revista
O pior veio em seguida: a repórter começou a discutir com os internautas.
O erro fatal de Ms Goodman foi manter a postura de dona da verdade, típica dos jornalistas pré-web. Segundo um estudioso do assunto, Jay Rosen, Segundo Rosen, ela fez o que esses jornalistas costumam fazer: apresentou os resultados de sua investigação como um fato irretorquível, quando na verdade deveria tê-los publicado como uma tese sujeita à discussão. A longa vivência no meio impresso levou Goodman, assim como leva, por exemplo, os jornalistas da Veja, a não perceber a mudança de público leitor.
No mundo dos negócios, a principal notícia foi a abertura da primeira loja da Forever 21 no Brasil. A rede promete praticar preços baixos, como faz em todo o mundo. A loja abriu no sábado, no Shopping Morumbi, SP, e houve filas de horas para entrar. Até o fim do ano, serão abertas sete lojas no país: duas em São Paulo, duas no Rio de Janeiro, uma em Ribeirão Preto, uma em Porto Alegre e outra em Brasília.
A CRM, dona das marcas de chocolates Kopenhagen e Brasil Cacau, anunciou nesta terça-feira uma joint venture com a suíça Lindt de nome Lindt & Sprüngli Brazil SA.
A Coca-Cola terá que pagar 14.480 reais de indenização a uma consumidora que encontrou em 2005 um corpo estranho dentro de uma garrafa da bebida.
A Reckitt Benckiser, dona da linha de produtos de limpeza Veja e Vanish no Brasil, anunciou a compra da marca de lubrificantes KY, da Johnson & Johnson. Segundo a companhia, em 2013, as vendas do KY somaram mais de 100 milhões de dólares.
O Google está em busca de um local para o seu primeiro ponto de venda físico, segundo uma corretora de imóveis de Nova York. A empresa de motores de busca, que até agora buscava ampliar seu alcance via smartphones, óculos computadorizado e laptops, pode alugar o prédio da 131 Greene St., mas também está vendo outros endereços no SoHo.
No campo das mídias sociais, o Facebook anunciou novidades nas suas Páginas e também no feed de notícias e o recurso Premium Video Ads para um grupo selecionado de anunciantes- o lançamento se dará em alguns meses.
Fontes: Observatório da Imprensa, Portal Abemd, Exame, Social Media Examiner