Embora os programas de fidelidade em suas várias formas existam há muito tempo, o crédito por sua popularização e institucionalização vai para a indústria aérea. A American Airlines deu o pontapé inicial para os programas de viajantes frequentes (FFP, Frequent Flyer Programs) bem desenhados e estruturados no começo dos anos oitenta. O sucesso do AAdvantage levou à criação de muitos outros programas e calcula-se que hoje existam perto de 150. Originalmente buscavam apenas aumentar a ligação com a companhia aérea, pois as milhas acumuladas eram utilizadas apenas em vôos grátis.
O modelo evoluiu e os FFP transformaram-se em modelos de coalisão, os programas de multifidelidade, que permitem a parceria de outras indústrias. Esse modelo enriquecido criou um grande ecossistema de acumulação e resgate para os participantes, ao mesmo tempo que oferece inúmeras oportunidades de receita adicional para as empresas aéreas e aumento de negócios para os parceiros. Tudo isso resultou na criação e na sustentação de um dos modelos de fidelização mais viáveis que existem. Alguns dos parceiros mais proeminentes dos FFP são cartões de crédito, locadoras de automóveis, hotéis e varejistas.
Com essa combinação potente atualmente os acúmulos de milhas/pontos não vêm mais exclusivamente de atividades relacionadas a vôos. Um estudo do Web Flyer Group mostrou que as fontes de transações que geram milhas/pontos são 43% de vôos e 25% de transações com cartões de crédito e estadias em hotéis. Considerando que esses números estão próximos da realidade, os restantes 32% deverão vir de varejistas, restaurantes e muitos outros parceiros. Uma quantidade substancial de pontos, portanto, são acumulados através de atividades não relacionadas a vôos.
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