Aparentemente, isso já está ocorrendo. Segundo o co-fundador da BuzzSumo, Steve Rayson, em entrevista concedida a Julia McCoy, blogueira, autora de So You Think You Can Write? The Definitive Guide to Successful Online Writing e fundadora da agência Express Writers, algoritmos de redação não apenas estão disponíveis como estão sendo usados por grandes plataformas – e eles estão criando artigos bem escritos e respaldados por dados, disse ele.
Você está surpreso? Pois devia, considerando que a própria Julia confessou-se surpreendida. “Eu sabia que o cenário da Inteligência Artificial estava evoluindo na indústria”, disse ela. “Mas quanto disso já foi realmente implementado para a criação de conteúdo? E quanto custa essa tecnologia?”
Em vez de responder diretamente, Rayson mostrou alguns conteúdos desenvolvidos por robôs que foram publicados recentemente – e as tecnologias envolvidas, principalmente as chamadas narrativas inteligentes, a geração de linguagem natural e narração automatizada.
A Narrative Science e o Quill
A maior desenvolvedora de tecnologias de inteligência artificial para conteúdo é a Narrative Science, de Chicago, que criou o software de geração de linguagem natural chamado Quill. Em seu site, a empresa descreve sua missão da seguinte forma: “Humanizando dados como nunca antes, com tecnologia que interpreta seus dados e o transforma em ‘narrativas inteligentes’ de maneira rápida e escalável”.
A Narrative Science começou em 2010 como um experimento da Northwestern University, transformando os resultados dos sumários estatísticos de beisebol, as “baseball box scores”, em histórias com formato tradicional. Em 2011, levantou mais de US$ 6 milhões para estudar como criar conteúdos sem interferências de seres humanos. Em 2013, conseguiu mais US$ 11,5 milhões e, hoje, o Quill pode gerar notícias, relatórios da indústria e até manchetes sem intervenção humana. Está limitado a relatos de notícias e conteúdos com suporte de dados, mas pode gerar esse tipo de conteúdo em escala.