Nos últimos anos a tecnologia tem evoluído muito em buscar proporcionar aos seus usuários “comodidade e conforto“, não tenho nada contra a evolução, só começo a me preocupar com as conseqüências futuras.
A cada nova estatística publicada temos um crescimento preocupante no número de novos obesos e até da obesidade mórbida, será porque estamos comendo mais ou porque estamos nos movimentando menos? E queimando menos calorias!
Parece que andar a pé foi proibido ou até é “coisa de pobre“, ainda bem que um grupo de pessoas esta ressuscitando a velha magrela, pena que em numero menor do que aqueles que a estão aposentando!
Mas o assunto de hoje não é sobre saúde, mas sim sobre a tecnologia não permitindo aos nossos jovens executivos a capacidade de analisar assuntos complexos e cheios de detalhes. Tenho visitado empresas e a grande preocupação de muitos gestores tem sido a baixa capacidade de seus funcionários em antever oportunidades.
Parece que é mais importante preencher as planilhas e entregá-las do que colocar o cérebro para pensar e “garimpar” em suas linhas e colunas cruzadas às verdadeiras oportunidades de crescimento e até de inovação.
A cada dia que passa observo a crescente necessidade de exercitarmos nossos cérebros em capacidade analítica em treinarmos nossos olhos e sentidos em “onde esta o Wally“? Treinarmos nossos sentidos em sermos capazes de vermos primeiro aquilo que os outros ainda não viram ou mesmo de sentir a oportunidade que os outros não sentiram.
Começará então uma verdadeira guerra por profissionais que trabalhem com a cabeça como os garimpeiros na busca por encontrar um pedacinho de ouro no meio de uma montanha de cascalho. Costumo chamá-los de garimpeiros de oportunidades. Mas onde encontrá-los?
Não adianta procurá-los nos famosos treinamentos operacionais, onde o importante é executar as tarefas; talvez até seja o lugar se registrarem aqueles “mal elementos” que abandonaram os cursos ou foram dispensados, porque questionavam mais do que executavam.
Cuide de seu “maluquinho” porque o futuro pode ser deles.
Caro Mazza,
Excelente artigo, pois realmente o que vemos nas corporações são gestores refratários ao novo. Concordo contigo que isto de certa forma está associado com o comportamento de nossa sociedade, que restringe a criatividade e a ousadia, talvez pelo desconforto que a mudança pode gerar. Parabéns!
Oi Mazza! Me vi dentro desse texto. Crio sozinha meus dois filhos e acabo protegendo-os demais. Valeu o alerta! Abraço. Luciana.